16/Jan/2020
A comercialização de milho no mercado interno é lenta. Em Mato Grosso, não há acordo sobre preço. Os produtores demonstram não ter pressa para vender, concentrados na colheita de soja. Na região de Campo Verde, onde os estoques são enxutos, os preços registram alta e ocorrem poucos negócios. A indicação de compra de usinas de etanol e granjas pequenas é de R$ 39,00 por saca de 60 Kg, para retirada e pagamento imediatos. Os preços se mantêm estáveis e os vendedores estão retraídos. Também não avança a negociação com cereal da 2ª safra de 2020, os compradores indicam entre R$ 26,00 e R$ 27,00 por saca de 60 Kg, para retirada em julho e pagamento em 30 de agosto. Os preços se mantêm estáveis nos últimos sete dias.
No Rio Grande do Sul, as ofertas de venda são pontuais, por causa da possibilidade de alta das cotações se os prejuízos na safra se confirmarem. Os grandes consumidores se abasteceram antecipadamente e aguardam a entrega dos contratos. A maior pressão é sobre os pequenos compradores (granjas e cooperativas) que precisam se abastecer e, eventualmente, cedem aos vendedores. Na região das Missões, os preços dificultam a negociação. Não há indicação aberta de grandes compradores. Os pequenos compradores não encontram volume para atender às necessidades de curto prazo. O preço vem subindo todas as semanas e a disponibilidade é baixa. Os compradores de menor porte indicam R$ 45,00 por saca de 60 Kg, para retirada imediata e pagamento de 15 a 30 dias. As grandes indústrias não indicam valores. Além disso, muitos compradores fizeram negócios antecipados para cobrir necessidades de janeiro e parte de fevereiro e estão recebendo os lotes acordados anteriormente. O viés é altista para os preços.