15/Jan/2020

O mercado doméstico de milho está lento diante da cautela de participantes com a quebra da safra de verão (1ª safra 2019/2020) no Rio Grande do Sul devido ao clima quente e seco. No Estado, onde a colheita já começou, compradores e vendedores divergem sobre valores para negócios de maior volume. A deficiência hídrica vem influenciando diretamente nas negociações da safra de verão (1ª safra 2019/2020) do milho, e, mesmo em período de colheita no Estado, sustenta as cotações. Na região de Passo Fundo, a indicação de compra está entre R$ 45,00 e R$ 46,00 por saca de 60 Kg, para retirada imediata e pagamento em 30 dias. Os vendedores desejam valores mais altos.

Parte dos produtores da região já colheram o cereal e têm estoque para ofertar, apesar de alguns estarem bem vendidos e cumprindo contratos já negociados. O que ainda não foi colhido está seco na lavoura. A demanda também é restrita. Alguns compradores adquiriram lotes com receio das perdas projetadas devido à estiagem, enquanto outros seguem afastados do mercado. Após estiagem que se arrasta desde novembro, as lavouras de milho do Rio Grande do Sul tiveram um alívio com a passagem de uma frente fria que trouxe chuva na sexta-feira (10/01). Segundo a Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul (FecoAgro-RS), é fundamental que volte a chover para evitar novas perdas.

Em Mato Grosso do Sul, as indústrias se abasteceram na semana passada e, agora, o mercado está lento. Na região de Dourados, a indicação de compradores é de R$ 41,00 por saca de 60 Kg, para retirada imediata e pagamento em 30 dias. as fábricas no Rio Grande do Sul estão acompanhando como ficarão as perdas para depois tomar posição, porque têm vários contratos a receber da safra de verão adquiridos por valores menores do que os atuais. Hoje, o milho de Mato Grosso do Sul chegaria entre R$ 49,00 e R$ 50,00 por saca de 60 Kg no Rio Grande do Sul. Para a negociação antecipada da 2ª safra de 2020, a indicação de compra de indústria está entre R$ 31,00 e R$ 32,00 por saca de 60 Kg, para retirada em agosto e pagamento em setembro na região de Dourados.