07/Jan/2020
Segundo a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), o aumento das tensões entre Estados Unidos e Irã pode dificultar as exportações de milho do Brasil para o país persa. Essa situação preocupa, pois o Irã é um dos maiores destinos do milho brasileiro. No acumulado de 2019, o Irã foi o segundo maior comprador de milho brasileiro, com 5,422 milhões de toneladas, atrás apenas do Japão, que importou 6,872 milhões de toneladas.
Em 2018, o país foi o maior importador de milho produzido no Brasil, com 6,379 milhões de toneladas. Embora o comércio de alimentos esteja livre de sanções, caso haja restrições dos Estados Unidos a transações bancárias de câmbio da moeda iraniana para o dólar, os exportadores brasileiros podem ter problemas em receber o pagamento referente aos embarques de milho. O Irã é um grande consumidor de milho porque produz carne frango para consumo interno.
Para não importar frango, eles importam milho. O Irã também compra soja do Brasil, mas não está entre os maiores destinos. Caso o Brasil tenha de fato mais dificuldade em exportar para o Irã, parte do milho brasileiro poderá ser redirecionada a outros destinos no exterior ou ficar no mercado interno. O que preocupa é o milho. Na medida que o milho alterna com a soja (no sistema de exportação brasileiro), e o Irã é um destino tão importante, haveria um excedente de milho. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.