06/Dez/2019
A escassez de milho da safra de verão (1ª safra 2018/2019) e da 2ª safra de 2019 no País continua sendo determinante para reduzir os acordos no disponível. Seja pela falta do grão, seja pela disputa sobre preços entre a ponta compradora e vendedora, apenas lotes pontuais têm rodado. Os produtores estão com maior poder de decisão no mercado, pois a oferta é restrita e não têm urgência em negocias. Mas, os compradores também se abasteceram nos últimos meses e recorrem com menos apetite ao spot. Assim, a comercialização é lenta, principalmente nas Regiões Sul e Centro-Oeste do País.
Em Mato Grosso, na região de Sinop, restam poucos lotes de milho no spot. Há registro de negócios a R$ 32,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada e pagamento imediatos. A negociação é para o mercado interno, já que a qualidade deste fim de safra não é tão excelente para exportação. Este valor tem se mantido estável nos últimos dias. Quanto à comercialização antecipada da 2ª safra de 2020, há registro de negócios, tanto para o mercado interno quanto para exportação, a R$ 25,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque no mês de junho e pagamento em agosto de 2020. Os leilões de milho da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) não têm influenciado os preços do grão na região.
No Paraná, na região norte, a negociação está esvaziada. Na região de Maringá, a indicação de compra é de R$ 42,50 por saca de 60 Kg, para retirada imediata e pagamento em 30 dias. Para venda externa, não há indicações de compra ou venda, tanto no porto quanto na ferrovia. A oferta é restrita. Para negociação antecipada da 2ª safra de 2020, o interesse de compra é maior. Nos terminais ferroviários do norte do Paraná, a indicação é de R$ 33,20 por saca de 60 Kg, para entrega em agosto e pagamento em meados de setembro. No Porto de Paranaguá, os compradores indicam R$ 39,20 por saca de 60 Kg, para entrega em julho e agosto e pagamento no fim de setembro.