28/Nov/2019

A alta do preço do milho continua, seja por causa dos baixos estoques em algumas regiões, seja pelo fato de produtor que ainda tem o grão preferir segurá-lo, na expectativa de maiores valorizações, já que a demanda segue reforçada. A escalada do dólar ante o Real nos últimos dias também funciona como argumento para a retenção do grão no silo. Em Mato Groso do Sul, o preço do milho continua a subir e, com isso, o mercado está mais movimentado. Há registro de negócios a R$ 40,00 por saca de 60 Kg FOB base Dourados, para retirada entre dezembro e janeiro e pagamento em janeiro de 2020. Os produtores têm expectativa de novas altas. Tem havido procura por milho principalmente por parte de confinadores de bovinos, em razão da forte demanda importadora de carnes da China, que enfrenta a peste suína africana (PSA) em seus plantéis. Por isso, o mercado está firme. Quanto à negociação antecipada da 2ª safra de 2020, os preços também estão em alta, a R$ 31,00 por saca de 60 Kg FOB base Dourados. Por este valor, há registro de negócios para o mercado interno, com retirada em agosto e pagamento 30 dias depois.

No Paraná, na região dos Campos Gerais, as fábricas indicam R$ 42,00 por saca de 60 Kg, podendo chegar a R$ 43,00 por saca de 60 Kg, para entrega em janeiro e pagamento em 30 dias. A maioria das indústrias da região deve parar entre o dia 15 e 20 de dezembro e já está em geral abastecida até lá. As granjas de menor porte indicam R$ 41,00 por saca de 60 Kg, para retirada imediata e pagamento à vista, e ainda ocorrem negócios pontuais por esse valor. Praticamente não tem mais milho na região. Na região norte do Paraná, há registro de negócios pontuais entre R$ 40,00 e R$ 41,00 por saca de 60 Kg, a maioria negociados para consumidores da própria região, para retirada imediata e pagamento à vista. Para negociação antecipada da safra de verão (1ª safra 2019/2020), as fábricas indicam R$ 42,00 por saca de 60 Kg, para entrega em fevereiro e pagamento em março na região dos Campos Gerais. A exportação aquecida de milho tem enxugado a oferta do cereal nos últimos meses, mas os compradores podem avaliar importação caso seja necessário.