31/Out/2019
A negociação no mercado interno de milho continua em ritmo lento, com lotes pontuais sendo negociados e muita resistência de produtor a vender aos preços indicados pelos compradores. Na expectativa de maiores valorizações do grão, os vendedores se afastam do mercado. Porém, no médio prazo, o milho deve ceder espaço para a soja no armazém, obrigando o produtor a voltar ao mercado. Outro motivo que desestimula acordos é a expectativa, por parte dos produtores, de a demanda exportadora ser reforçada. Com a safra menor de milho nos Estados Unidos, a projeção é de que o Brasil consiga suprir a lacuna deixada pelo milho norte-americano.
No Paraná, na região de Maringá, os compradores indicam R$ 38,00 por saca de 60 Kg no spot, para entrega e pagamento em dezembro no Porto de Paranaguá. O ritmo de negociação é lento. Há incertezas em relação ao clima. A boa performance das exportações também afeta os negócios no mercado interno. Muitos produtores acreditam que a demanda forte vinda do exterior deve impulsionar os preços domésticos. Quanto à negociação antecipada da 2ª safra de 2020 de milho, o mercado também é restrito. Os exportadores indicam R$ 39,00 por saca de 60 Kg, para entrega em agosto do ano que vem no Porto de Paranaguá e pagamento no fim de setembro.
Em Mato Grosso, na região de Sinop, resta pouco milho da safra 2018/2019 nos silos e, com isso, a negociação no spot ocorre pontualmente. Os compradores indicam R$ 31,00 por saca de 60 Kg CIF, para entrega imediata e pagamento no mês de dezembro. Para pagamento em janeiro, a indicação de compra é de R$ 31,00 por saca de 60 Kg. Quanto à comercialização antecipada da 2ª safra de 2020, os compradores indicam R$ 25,00 por saca de 60 Kg CIF, para entrega em junho e pagamento em 20 de agosto de 2020. A preocupação em relação à janela de plantio do milho 2ª safra está se dissipando, já que a soja tem sido semeada dentro da janela ideal de plantio.