30/Out/2019
A comercialização está em ritmo lento, com alta média de R$ 1,00 por saca de 60 Kg de milho na maior parte das regiões produtoras. A discordância de preços entre as pontas compradora e vendedora travam os acordos. Além disso, a acentuada queda do dólar ante o Real desde meados da semana passada desestimula as exportações e, consequentemente, a demanda interna. Com isso, em algumas regiões consumidoras, os compradores tentam pressionar os preços, mas, por enquanto sem sucesso, porque os produtores têm segurado o grão no silo na tentativa de obter preços mais altos.
No Paraná, na região oeste, os preços registram alta, mas o mercado é lento. Desde o final de setembro, o milho se valorizou cerca de 10%. No spot, os compradores indicam R$ 35,00 por saca de 60 Kg FOB, para pagamento e retirada imediatos e R$ 38,00 por saca de 60 Kg, para entrega no Porto de Paranaguá. Os vendedores não demonstram interesse nesse patamar de preços. O motivo do avanço recente nos preços é o clima irregular no Brasil, que atrasa plantio e pode, consequentemente, adiar também a colheita e piorar a qualidade da 2ª safra de 2020. Assim, o produtor retém o milho até regularizar o clima. As indústrias da região estão relativamente abastecidas, portanto sem necessidade imediata de ir às compras e pagar o preço mais alto dos últimos dias. As compras futuras estão paradas.
Em Mato Grosso do Sul, na região de Dourados, a comercialização está travada. A queda do dólar ante o Real arrefeceu a demanda para exportação e, com isso, o preço interno registra queda. No spot, os compradores indicam R$ 33,50 por saca de 60 Kg FOB, para retirada em novembro e pagamento em 30 dias. Os produtores estão retraídos. Os compradores têm pressionado as cotações, embora o produtor esteja resistindo a vender pelos preços propostos. Quanto ao milho da 2ª safra de 2020, a indicação de compra é de R$ 28,00 por saca de 60 Kg, para retirada em julho de 2020 e pagamento 30 dias depois.