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23/Out/2019

Etanol de milho: investimentos em MT, AM e RR

A Millenium Bioenergy, consórcio de empresas de vários setores, pretende investir cerca de US$ 1 bilhão para a construção de usinas de etanol de milho e outros produtos derivados do processamento de grãos. As duas primeiras unidades serão em Mato Grosso, nos municípios de Tabaporã e Jaciara, mas a companhia já busca licenças ambientais para três plantas no Amazonas e uma em Roraima. O projeto de Tabaporã, município do norte de Mato Grosso, será o único "flex", ou seja, modelo que utilizará cana-de-açúcar e milho na fabricação do biocombustível. A companhia terá 7 mil hectares disponíveis com cana-de-açúcar para ser processada juntamente com o grão. As outras usinas são "full", com o uso apenas do cereal, e terão como modelo a unidade de Jaciara (MT). Cada usina custará cerca de US$ 170 milhões e terá capacidade anual de processar 480 mil toneladas de milho, produzir 206 milhões de litros de etanol e 150 mil toneladas ano de DDGS, farelo de alta proteína utilizado como ração animal.

Cada planta industrial desse modelo deve ficar pronta em até 24 meses a partir do início das obras e terá a possibilidade de ser ampliada para dobrar a produção. O consórcio já tem licenciamento prévio para a construção de três usinas no Amazonas: em Manaus, Rio Preto da Eva e Itacoatiara. Além disso, espera, ainda para este mês o licenciamento para a quinta unidade, a primeira a produzir etanol em Roraima, no município de Bonfim. Para abastecer as unidades do Amazonas, a Millenium buscará milho de Mato Grosso. O Amazonas já recebe soja há muito tempo para ser exportada. Só haverá a troca pelo milho para utilizar nas usinas e gerar emprego e renda no Brasil. Outra fonte de matéria-prima é o próprio estado de Roraima, onde o cultivo de grãos avança e a cultura de milho é uma opção tanto para a produção de etanol como para a de proteína animal.

A fonte de energia desses dois Estados deve ser o gás natural ou o gás liquefeito de petróleo produzido na própria região. Os recursos para os projetos virão de fundos de investimentos, principalmente europeus e asiáticos, e todas as futuras usinas só sairão do papel com uma demanda garantida pelo etanol e o DDGS exportado. No caso do DDGS, já há contratos de fornecimento de dez anos. O modelo de consórcio é formado, entre outras, por empresas de tecnologia, engenharia, ambientais, serviços e químicas. A gestão do consórcio é dividida em três empresas: a corretora Marsh (risco), a Hill International (obras) e a Fluor Corporation (engenharia). Além do Brasil, a Millenium tem projetos em Queensland (Austrália) e na Flórida (Estados Unidos). Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.