19/Set/2019
A comercialização de milho no disponível nas regiões produtoras é apenas pontual, tanto por resistência de vendedor em negociar a safra aos preços propostos quanto pelo fato de que os compradores ainda estão abastecidos. De todo modo, as agroindústrias começam a dar sinais de que nos próximos dias terão de ir às compras com mais apetite, indicando preços maiores, para convencer o vendedor a abrir o silo.
Em Mato Grosso do Sul, na região de Dourados, esse movimento aparentemente se iniciou, com indústrias elevando suas indicações de compra para estimular ofertas. O mercado exportador continua praticamente parado para compras imediatas. A oferta restrita de lotes da 2ª safra de 2019 leva os compradores a elevarem suas indicações para destravar a negociação. Há registro de negócios pontuais para empresas do mercado interno entre R$ 29,00 e R$ 29,50 por saca de 60 Kg FOB, para embarque imediato e pagamento em 30 dias. O produto deve seguir para Santa Catarina e Paraná.
Os compradores vão precisar adquirir mais volumes para suas operações em novembro e dezembro. Eles não costumam deixar baixar estoques e compram com antecedência. Quanto à negociação antecipada da 2ª safra de 2020, os compradores indicam entre R$ 27,00 e R$ 27,50 por saca de 60 Kg FOB, para embarque em julho e pagamento em agosto do ano que vem. As indicações de compra estão estáveis nesta faixa desde a semana passada.
Em São Paulo, na região de Campinas, a negociação é pontual e os preços se mantêm estáveis. Os compradores indicam entre R$ 38,00 e R$ 38,50 por saca de 60 Kg CIF São Paulo, para embarque imediato e pagamento em até 30 dias após a descarga. Para entrega fora do Estado, o preço com ICMS sobe para R$ 41,00 por saca de 60 Kg CIF, nos mesmos prazos. Os produtores estão retraídos. Quanto à comercialização antecipada da 2ª safra de 2020, a comercialização está travada. A indicação está entre R$ 37,70 e R$ 38,00 por saca de 60 Kg CIF Porto de Santo, para embarque em julho e pagamento em agosto de 2020.