11/Set/2019

A comercialização de milho disponível no País é pontual, com lotes de baixo volume sendo escoados para o mercado interno. Para exportação, os negócios parecem ter amortecido nos últimos dias, em função das recentes oscilações do dólar ante o Real e pelo fato de os participantes ainda estarem embarcando grandes volumes negociados há meses anteriormente. Para os próximos meses, porém, é possível que a demanda pelo grão se intensifique em função da habilitação, pela China, de 25 novas unidades frigoríficas para exportar carne para lá, sendo 17 de bovinos, 6 de frangos, 1 de suínos e 1 de asininos. Agora, 89 frigoríficos brasileiros podem vender carnes para a China. A cadeia produtiva de frangos e suínos é grande consumidora de milho.

No Rio Grande do Sul, na região de Passo Fundo, há registro de negócios pontuais para o mercado interno a R$ 38,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada imediata e pagamento em 30 dias. Nos próximos dias, a comercialização pode avançar, pois os produtores já fizeram o expurgo (nos silos, para eliminar insetos) e devem vender em breve o milho estocado. Quanto à negociação antecipada da safra de verão 1ª safra 2019/2020, há registro de negócios para o mercado interno a R$ 36,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada em fevereiro e pagamento em março de 2020.

Em Mato Grosso do Sul, na região de Dourados, a queda do dólar ante o Real nos últimos dias da semana passada tirou a competitividade de exportadores e levou a uma concentração da demanda nos pequenos consumidores. Grandes empresas compradoras estão abastecidas e fora do mercado. A indicação de compra chega, no máximo, a R$ 28,50 por saca de 60 Kg FOB, para retirada imediata e pagamento em 30 dias. Os exportadores indicam R$ 30,00 por saca de 60 Kg, para entrega em ferrovia de Maringá (PR), o que equivale a R$ 25,00 por saca de 60 Kg, para retirada em Dourados, valor que não atrai o produtor. Quanto à negociação antecipada da 2ª safra de 2020, a indicação de compra está entre R$ 25,00 e R$ 26,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque em julho e pagamento em agosto do ano que vem, estáveis há alguns dias.