19/Jul/2019
Apesar da necessidade recorrente de adquirir volumes de milho no spot, os consumidores do mercado interno, especialmente aqueles com estoques curtos (confinamentos, granjas, indústria de etanol) buscam pressionar os preços nos períodos em que não precisam comprar volumes. Os vendedores, no entanto, não cedem nas suas indicações. Urgência em fechar novos negócios não há. Além de estarem envolvidos na colheita do cereal, os produtores também têm de se dedicar a embarcar o produto contratado meses atrás.
As cotações na Bolsa de Chicago e o câmbio não vêm dando a sustentação aos preços no Brasil. Nos últimos dias, em algumas regiões, exportadores que antes indicavam o mesmo ou mais que compradores domésticos, passaram a propor valores inferiores. Em Mato Grosso, na região de Campo Verde, os compradores do mercado interno indicam R$ 25,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque e pagamento imediatos. As tradings indicam, no máximo R$ 24,00 por saca de 60 Kg, para retirada em agosto e pagamento em setembro, e até R$ 26,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque em setembro e pagamento em outubro.
A negociação antecipada da 2ª safra de 2020 está parada em Mato Grosso. As empresas estão focadas em receber agora o produto adquirido anteriormente, o que não tem acontecido com facilidade, pois os embarques estão atrasados. A alta do frete tem provocado os atrasos. No Rio Grande do Sul, na região de Passo Fundo, os compradores do mercado interno indicam entre R$ 36,00 e R$ 37,00 por saca de 60 Kg, para retirada imediata e pagamento de 20 a 30 dias. Continuam chegando lotes de milho da 2ª safra de 2019 de Mato Grosso às fábricas da região de Passo Fundo entre R$ 37,00 e R$ 38,00 por saca de 60 Kg, o que também contribui para deixar lenta a negociação.