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05/Jun/2019

Preços afastam exportadores da comercialização

A desvalorização do dólar em relação ao Real e o segundo recuo consecutivo dos futuros do milho na Bolsa de Chicago, após sessões de alta na semana passada, pressionam os preços e afastam os exportadores do mercado. A movimentação de lotes está concentrada nos consumidores domésticos. A valorização dos futuros do milho na Bolsa de Chicago no mês passado, assim como as altas recentes do dólar ante a moeda brasileira, se refletiu nas exportações do cereal do Brasil. O País embarcou 979,3 mil toneladas no mês passado, 1.622% acima das 56,9 mil toneladas registradas em igual mês de 2018 e 130% acima das 426 mil toneladas enviadas ao exterior em abril. No acumulado do ano, já foram exportados 8,273 milhões de toneladas de milho, 63,7% acima das 5,053 milhões embarcadas nos cinco primeiros meses de 2018.

Em Mato Grosso, na região de Nova Mutum, os exportadores estão fora das negociações e a movimentação de lotes é menor. A indicação de compra de consumidores domésticos é de R$ 23,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque imediato e pagamento em 30 dias. Apesar dos recuos dos preços, os produtores estão relativamente tranquilos, com boa parte da produção da 2ª safra de 2019 já comercializada. A maioria dos vendedores da região está priorizando acordos com embarques em junho e julho porque a comercialização da soja atrasou e há necessidade de abrir espaço nos silos. Para retirada no mês que vem, empresas do mercado interno indicam R$ 22,50 por saca de 60 Kg, para pagamento em agosto. Quanto à comercialização antecipada da 2ª safra de 2020, ocorreram negócios na semana passada a R$ 22,00 por saca de 60 Kg FOB, para embarque em julho e pagamento em agosto de 2020.

No Rio Grande do Sul, na região de Passo Fundo, há registro de negócios pontuais a R$ 35,00 por saca de 60 Kg, para retirada imediata e pagamento em 30 dias. Nesta região, só se colhe milho na safra de verão e os preços registram alta. Existe uma perspectiva de problemas nos Estados Unidos por causa do clima úmido e isso está criando uma expectativa de maior exportação do Brasil. Aliada à elevação recente dos preços para exportação, a maior demanda local por grãos para alimentação animal tem puxado os preços para cima. O preço interno da soja subindo influencia o milho a avançar também, porque o farelo e o milho são usados para ração no mercado interno. Algumas empresas de insumos e revendas vêm fazendo trocas de milho disponível por insumos a valores considerados atrativos para o vendedor (R$ 36,00 por saca de 60 Kg). Para trocas com entrega do produto no ano que vem, a referência é de R$ 35,00 por saca de 60 Kg. Para a negociação antecipada da safra de verão (1ª safra 2019/2020), as indústrias indicam entre R$ 35,00 e R$ 36,00 por saca de 60 Kg, para entrega em janeiro e pagamento em fevereiro do ano que vem no entorno de Passo Fundo.