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03/Jun/2019

Chicago fecha em baixa com realização de lucros

Os contratos futuros de milho fecharam em baixa de mais de 1% na sexta-feira (31/05) na Bolsa de Chicago, pressionados por um movimento de realização de lucros após ganhos recentes e pela queda do petróleo, apesar de o plantio seguir atrasado nos Estados Unidos. O vencimento julho caiu 9,25 cents (2,12%) e fechou a US$ 4,27 por bushel. O plano do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor tarifas às importações de produtos do México também pesou sobre o milho. O México é o segundo maior importador de produtos agrícolas dos Estados Unidos, com compras de cerca de US$ 20 bilhões em 2018, dos quais US$ 3,1 bilhões referentes a aquisições de milho e US$ 1,7 bilhão, de soja. Os Investidores temem que novos conflitos entre os dois países acabem prejudicando esses negócios.

Na quinta-feira (30/05), os Estados Unidos anunciaram tarifas de 5% a todos os bens importados do México a partir de 10 de junho e, se a crise de imigração ilegal persistir, podendo chegar a 25% em 1º de outubro. Notícias de demanda, contudo, podem dar suporte aos preços mais adiante. O governo norte-americano aprovou o uso da gasolina com uma mistura de 15% de etanol, conhecida como E15, durante todo o ano. A medida é vista como uma ajuda do governo federal aos produtores rurais que tiveram as vendas externas prejudicadas pelo conflito comercial entre Estados Unidos e China. Nos Estados Unidos, o etanol é feito principalmente à base de milho.

A produção do biocombustível consome cerca de um terço da safra norte-americana do cereal. Segundo a American Farm Bureau Federation, após anos de declínio da renda agrícola, a abertura dos mercados às necessidades adicionais de combustível para os consumidores ajuda a criar uma nova demanda que os agricultores precisam desesperadamente. Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), os exportadores dos Estados Unidos venderam 906,8 mil toneladas de milho da safra 2018/2019 na semana encerrada no dia 23 de maio. O volume representa alta de 105% ante o reportado na semana anterior e de 94% em relação à média das quatro semanas anteriores. Para a safra 2019/2020, foram vendidas 76,5 mil toneladas.