31/Mai/2019

Os contratos futuros de milho fecharam em alta nesta quinta-feira (30/05) na Bolsa de Chicago. O vencimento julho avançou 17,50 cents (4,18%) e fechou a US$ 4,36 por bushel. O dia 31 de maio é o último para o plantio do cereal para fins de seguro em diversos condados do Meio Oeste dos Estados Unidos. Além disso, traders querem saber a condição do milho em meio ao plantio atrasado e ao clima desfavorável. O mercado aguarda o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgar relatórios com as condições da safra de milho. Só assim será possível saber o quanto está em condições ruins e em condições boas ou excelentes. Os resultados desses relatórios devem causar o próximo movimento expressivo nos preços do cereal.

Segundo a meteorologia, no Meio Oeste, deve haver chuvas mais leves na próxima semana, o que pode oferecer oportunidades de plantio. Entretanto, como o plantio está em níveis historicamente baixos, ainda deve haver hectares não plantados. O avanço expressivo do trigo também contribuiu para os ganhos, pois os dois grãos são substitutos para alimentação animal. Além disso, o Conselho Internacional de Grãos (IGC) anunciou que aumentou as estimativas de consumo de grãos para a safra 2018/2019 ante a previsão do mês anterior. O IGC estima que, para a safra 2019/2020, o consumo de grãos deve crescer mais rapidamente do que a oferta, o que poderia levar a um aumento de preços.

O consumo deve ter aumento anual de 1,2%, enquanto a oferta total (soma da produção e dos estoques do ano anterior) deve subir 0,4%. Para o milho, a projeção para a produção na safra 2018/2019 subiu em 8 toneladas ante a estimativa do mês anterior, para 1,126 bilhão de toneladas. A previsão de estoques globais do cereal é de 317 milhões de toneladas. As altas recentes do cereal têm se refletido no mercado de etanol, que, nos Estados Unidos, é produzido principalmente a base de milho. De acordo com números divulgados nesta quinta-feira (30/05) pela Administração de Informação e Energia do país (EIA), na semana encerrada no dia 24 de maio, a produção média de etanol nos Estados Unidos caiu 1,30% ante a semana anterior, mesmo com recuo de 3,41% nos estoques do biocombustível no mesmo período.