14/May/2025
A China garantiu a seus cidadãos que eles teriam o suficiente para comer sem as safras norte-americanas. Primeiro, será preciso desobstruir o maior porto da América Latina. O Porto de Santos (SP) é a principal porta de entrada para as exportações sul-americanas de soja e outros produtos agrícolas, que representam a única alternativa viável de fornecimento da China às exportações norte-americanas. Embora a China tenha reduzido sua dependência de alimentos norte-americanos, as safras ainda estão entre as principais exportações dos Estados Unidos para a China.
O conglomerado agrícola estatal chinês, Cofco, está construindo seu maior terminal de exportação fora da China no Porto de Santos para gerenciar embarques de milho, açúcar e soja. Isso aumentaria a capacidade anual de exportação da empresa de 4,5 milhões para 14 milhões de toneladas, mas não se espera que atinja a capacidade máxima antes do próximo ano. O Porto de Santos se encaixa no plano mais amplo da China para garantir acesso à riqueza agrícola da América do Sul em meio à escassez de água e terras aráveis no país.
Empresas chinesas estão construindo centenas de quilômetros de ferrovias no coração agrícola do Brasil e concluindo as obras de um porto de águas profundas de US$ 3,5 bilhões na costa do Pacífico peruano. A guerra comercial com os Estados Unidos aumentou a urgência desses projetos. O líder chinês Xi Jinping se encontrou com líderes sul-americanos, incluindo o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, em Pequim na segunda-feira (12/05), para discutir o aprofundamento dos laços. As autoridades brasileiras estão acolhendo com satisfação a oportunidade de atrair investimentos estrangeiros para as precárias estradas, ferrovias e portos do País. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.