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13/May/2025

Feiras: Agrishow bate recorde em negócios fechados

A Agrishow, maior feira de tecnologia agrícola da América Latina, fechou a sua histórica 30ª edição com R$ 14,6 bilhões em intenções de negócios. Além de estabelecer um novo recorde, o montante representa um aumento da 7% na comparação com o ano passado, quando a movimentação financeira foi de R$ 13,6 bilhões. O público também atinge o maior número registrado no evento: 197 mil pessoas nos cinco dias, ante 195 mil em 2024. A Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), uma das entidades organizadoras, os resultados ficaram dentro do esperado. A projeção inicial chegar a R$ 15 bilhões em faturamento e receber 200 mil pessoas. A consolidação das intenções de negócios está atrelada, segundo eles, aos recursos que serão liberados no Plano Safra do governo federal, que deve ser anunciado em junho, conforme declaração do ministro de Desenvolvimento Agrário (MDA), Paulo Teixeira, na feira. O setor pede R$ 600 bilhões, mais R$ 4 bilhões para a equalização dos juros.

As perspectivas para o 2026 são ainda melhores, já que a Agrishow deverá contar com obras viárias a serem executadas pelo governo de São Paulo para melhorar o acesso de veículos, alvo frequente de críticas. Ainda, ressalta-se que o Pavilion China aumentou o número de empresas e trouxe 60 interessadas no agro brasileiro. Elas expuseram tecnologias compactas, como discos e rolamentos e plásticos para enfardamento. Para 2026, o grupo já solicitou à Agrishow uma área maior, para expor máquinas. O tarifaço norte-americano tende a fortalecer a parceria Brasil-China. Outro objetivo é promover melhorias na estrutura da feira que, neste ano, teve investimentos de R$ 5 milhões. Para isso, as entidades organizadoras vão pedir ao governo de São Paulo a cessão definitiva da área onde ela é realizada. Atualmente, o uso do espaço segue o que está previsto na Lei Estadual n.º 14.752, de 2012. A legislação diz que a área poderá ser usada pelas organizadoras por um prazo de 30 anos, que se encerraria em 2043, mediante contraprestação pecuniária, com valores definidos anualmente pelo Estado.

Porém, o uso do local pode ser feito por apenas 90 dias por ano, para montagem e desmontagem do evento. Isso dificulta a execução das melhorias necessárias em infraestrutura para receber o público, que aumenta a cada ano. A feira quer tentar a cessão definitiva para uso como um centro difusor de tecnologias. Os trabalhos junto ao governo de São Paulo devem começar logo após o encerramento da feira. Se as instalações ficassem em definitivo, como acontece no Parque Fernando Costa, em Uberaba (MG), onde é realizada a ExpoZebu, seria mais viável economicamente. Caso a área não seja cedida, a intenção de mudar a feira de local não está descartada. O prefeito de Ribeirão Preto afirmou que agendou uma reunião com as entidades organizadoras para iniciar tratativas sobre a infraestrutura da área. A Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo (SAA) informou que não há impedimento legal para que as entidades organizadoras promovam outros eventos relacionados ao agro, além da Agrishow, mediante termos específicos, em parceria com a SAA-SP ou outras instituições. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.