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09/May/2025

Insumos: Corteva divulga resultado do 1º trimestre

A empresa de sementes e agroquímicos Corteva, dos Estados Unidos, obteve lucro de US$ 652 milhões no primeiro trimestre deste ano. O resultado representa aumento de 55,6% ante igual período do ano passado, quando a companhia lucrou US$ 419 milhões. O lucro por ação passou de US$ 0,60 para US$ 0,95 por ação. A receita líquida diminuiu 1,67% na mesma comparação, para US$ 4,42 bilhões. As vendas orgânicas, que excluem os efeitos de câmbio e portfólio, cresceram 3%. Na América do Norte, as vendas líquidas cresceram 6%, atingindo US$ 2,21 bilhões. Já a América Latina teve retração de 14%, com US$ 442 milhões em vendas. Na região Europa, Oriente Médio e África, a queda foi de 7%, para US$ 1,48 bilhão. A região Ásia-Pacífico também recuou, com receita 5% menor, de US$ 288 milhões.

Na divisão de sementes, as vendas líquidas foram de US$ 2,71 bilhões, uma leve queda de 2% em relação ao primeiro trimestre de 2024. Entretanto, em termos orgânicos, houve crescimento de 2%. A América do Norte teve receita 9% maior, de US$ 1,6 bilhão, enquanto a América Latina teve forte retração de 32% nas vendas, para US$ 185 milhões. A queda na América Latina foi motivada principalmente pela menor área semeada com milho na Argentina. No segmento de proteção de lavouras, a receita líquida ficou em US$ 1,71 bilhão, queda de 2% ante o primeiro trimestre de 2024, mas com crescimento orgânico de 3%. A queda refletiu um impacto desfavorável de 5% do câmbio e de 2% dos preços, que foi parcialmente compensado por um efeito positivo de 5% dos volumes.

A Corteva manteve seu guidance de receita líquida para 2025 em uma faixa de US$ 17,2 bilhões a US$ 17,6 bilhões. A companhia também anunciou que pretende recomprar cerca de US$ 1 bilhão em ações ao longo do ano. Quanto às perspectivas globais para a agricultura, a Corteva destacou que os fundamentos seguem mistos. A demanda por tecnologia de ponta no campo continua elevada, e a relação estoque/uso de milho está no nível mais baixo em mais de uma década, apesar de rendimentos recordes em 2024. Mesmo assim, os preços e as margens das culturas em geral estão diminuindo à medida que mudanças na área plantada e incertezas comerciais começam a pressionar os mercados.

Para o mercado global de proteção de lavouras, a Corteva espera estabilidade no ano, com ganhos de volume sendo contrabalançados por pressões negativas sobre os preços. A Corteva espera um impacto de cerca de US$ 50 milhões das disputas tarifárias, valor que considera administrável e que está trabalhando para mitigar ainda mais. "Vemos caminhos muito sólidos para mitigar uma parte ainda maior desse impacto, mas precisamos de um pouco mais de tempo para finalizar as ações", disse o CEO Chuck Magro. A Corteva e outros fabricantes de defensivos importam diversos produtos químicos e equipamentos de vários países. Fonte: Broadcast Agro.