05/May/2025
Segundo o Rabobank, o mercado global de fertilizantes fosfatados deve enfrentar pelo menos mais oito meses de preços elevados em relação ao poder de compra dos produtores, podendo atingir o período mais longo de desequilíbrio já registrado. O índice de acessibilidade (Affordability Index) para o fósforo completará 18 meses em território negativo até o fim do ano, igualando o recorde anterior. O índice para o caso de fósforo já está negativo há 10, 11 meses, e deve continuar assim pelo menos até agosto. O último período prolongado ocorreu entre 2021 e 2022, quando o desequilíbrio prolongado causou queda de 8% no consumo global. Um dos fatores que pressionam o setor é o aumento dos custos de produção de fertilizantes fosfatados. Observa-se uma alta nos custos de produção, como rocha fosfática, enxofre e tudo mais.
Com preços chegando a US$ 700,00 por tonelada no Brasil, o nutriente está em patamares que não eram vistos há muito tempo. O cenário para o fósforo contrasta com a situação do potássio, que mantém relação favorável entre seus preços e o valor das commodities agrícolas. O balanço de oferta e demanda está um pouco mais folgado do que no caso dos outros dois nutrientes, o que deixa muito mais tranquila a situação. Para o nitrogênio, a projeção é de uma possível melhora nos próximos meses, com o fim do inverno no Hemisfério Norte reduzindo a pressão sobre os preços do gás natural, principal insumo para a produção de ureia. O índice até a metade do ano deve melhorar e chegar mais perto do zero, até ficar positivo, o que é extremamente favorável para o Brasil. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.