05/May/2025
Segundo o Rabobank, a atual guerra tarifária global não deve trazer impactos significativos para o mercado de fertilizantes no curto prazo. Mesmo nos Estados Unidos, mercado potencialmente mais afetado pelas tensões comerciais, os efeitos devem ser limitados em 2025. Um dos fatores que amenizam a situação é a suspensão por mais 90 dias nas medidas tarifárias desde o mês passado. Além disso, grande parte dos fertilizantes que serão utilizados na atual safra de grãos norte-americana já foi adquirida pelos produtores. Vai ser um problema do ano que vem, não um problema deste ano. No caso do Brasil, a situação não será diferente.
O País deve, inclusive, registrar um novo recorde de entregas de fertilizantes em 2025, acima dos 46 milhões de toneladas, superando os 45,6 milhões entregues em 2024, número que representou uma redução de menos de 0,5% em relação a 2023. A previsão de crescimento nas entregas de fertilizantes no Brasil, mesmo em um contexto de preços mais elevados, especialmente para o fósforo, é sustentada pela melhora nas margens dos produtores, não só para o milho, mas também para a soja. O café também vem com uma margem muito boa, além da cana-de-açúcar e da laranja. Esse desempenho positivo esperado ocorre mesmo com a entrada do mercado global de fertilizantes em um novo ciclo.
De acordo com relatório do Rabobank, o índice que mede o poder de compra dos produtores (Affordability Index) está entrando em território negativo, o que historicamente resulta em retração do consumo. A mudança de ciclo é puxada principalmente pelos mercados de fósforo e nitrogênio, enquanto o potássio apresenta uma situação mais favorável. Um ponto de atenção destacado é a ausência da China no mercado internacional de exportações de fertilizantes, o que tem contribuído para manter os preços em patamares mais elevados, especialmente no segmento de fosfatados. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.