05/May/2025
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, destacou que o governo federal já iniciou as discussões sobre o novo Plano Safra, referente ao ciclo 2025/2026, e defendeu subsídios específicos para a compra de máquinas e equipamentos. O debate está começando e a expectativa é de que esse novo plano tenha capacidade de subsidiar a compra de máquinas, porque os juros do Banco Central estão muito altos para quem precisa investir em mecanização. Segundo o ministro, o avanço da agricultura brasileira depende diretamente da capacidade de o País investir em tecnologia no campo.
O Brasil precisa corresponder ao crescimento da sua agricultura. Os planos anteriores, 2023 e 2024, foram recordes, e espera-se que 2025 também seja um recorde. Por isso, o governo está conversando com a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) para uma reunião em Brasília ainda em maio, para discutir os recursos de financiamento para que o agricultor possa se mecanizar, se tecnificar, além de valores para custeio. Sobre o cenário internacional, o ministro afirmou que o Brasil pode ganhar espaço diante das tensões comerciais globais.
Com as disputas tarifárias, o papel do Brasil se torna ainda mais relevante. O País precisa produzir mais alimentos, aumentar a produção e a produtividade. Sobre as iniciativas do Plano Safra voltadas à agricultura familiar, o ministro avaliou que os resultados são positivos, especialmente diante da taxa de juros vigente. Com a Selic a 13,75%, os juros do Plano Safra para a produção de alimentos ficaram em 3%. Para produção agroecológica, 2%. É um juro subsidiado. O Pronaf está indo muito bem.
Representantes da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) pretendem se reunir em breve com representantes da Casa Civil e dos ministérios da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Serviços para debater o Plano Safra de 2025/2026. A expectativa é de que o encontro possa trazer sinais para a definição dos recursos e das condições de financiamento do plano. A Abimaq tem articulado com o governo saídas para destravar os negócios no setor de máquinas agrícolas. Muitos negócios estão parados à espera da confirmação do financiamento.
Grande parte da intenção de vendas está vinculada ao Plano Safra e depende da confirmação do financiamento com esses valores. Apesar de algumas operações já terem sido concretizadas, a liberação do crédito é fundamental para o avanço das vendas na feira e no setor como um todo. O crédito para a agricultura familiar funcionou bem no último Plano Safra, com juros entre 2% e 5% ao ano. Já o Moderfrota, linha voltada à compra de máquinas agrícolas, teve seus recursos esgotados rapidamente. Começou em julho, e em setembro ou outubro já não havia mais recursos.
Com a taxa Selic em 13,75% ao ano e perspectiva de alta, a conta da equalização se torna mais pesada para o governo. Com a Selic podendo subir, o valor que o governo tem que despender para fazer a equalização dessas taxas vai ser muito alto. Diante desse cenário, produtores têm recorrido a recursos próprios ou ao financiamento com bancos privados, que oferecem taxas que podem chegar a 21% ao ano. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.