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05/May/2025

Máquinas: Massey Ferguson otimista para 2025

A Massey Ferguson projeta um crescimento entre 8% e 12% nas vendas do setor de máquinas agrícolas neste ano no Brasil. A expectativa é mais otimista do que a da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), que prevê expansão de 8,2%. Na Agrishow de 2025, o volume de pedidos foi superior ao da edição do ano anterior, o que justifica a previsão. A feira funciona como um "termômetro" do humor do produtor, que melhorou com a recuperação parcial dos preços da soja e com uma colheita mais robusta. Então, a expectativa é de um bom mercado este ano. A combinação entre produção mais robusta e melhores prêmios da soja, puxados por discussões a respeito das tarifas no comércio exterior, favoreceu o ambiente de negócios.

Os prêmios estão bem mais altos do que há três, quatro meses. Há uma procura maior pela soja brasileira. Com isso, a Massey já aumentou a produção do segundo e do terceiro trimestres. Apesar da recuperação, há desafios no acesso ao crédito e na sustentabilidade do atual modelo de financiamento agrícola. A alta dos juros em Reais deve acelerar o movimento de produtores buscando financiamentos em moeda forte. Se o produtor pegar uma CPR barata, ele vai pagar CDI mais 2,5%. Isso dá quase 17% ao ano. Em dólar, uma CPR pode sair a 8%, 8,5%. É muita diferença.

A mudança de moeda a ser usada no financiamento pode ser mais relevante do que o próximo Plano Safra. O Plano Safra, mesmo que venha bom, tem sido acessado por um número menor de produtores. A Massey Ferguson citou avanços como a pulverização por drones, máquinas autônomas e alternativas de combustíveis como os principais vetores de inovação e do futuro das máquinas agrícolas. A pulverização com drones já virou uma realidade muito forte. Destaque também para a evolução das máquinas inteligentes. As tecnologias embarcadas permitem que a decisão seja tomada no meio da operação, baseada em sensores ou imagens. A máquina mesmo resolve.

Apesar do avanço da automação, a adoção de máquinas totalmente autônomas ainda enfrenta resistência cultural. O agricultor gosta de sentar e fazer o trabalho. Outra tendência é a busca por sustentabilidade energética. A empresa vai ofertar máquinas a metano, etanol, e há tratores elétricos em desenvolvimento, embora a adoção em larga escala ainda depende de viabilidade econômica. Além disso, plataformas de dados agrícolas ganham espaço, agregando informações de máquinas e sensores para auxiliar o produtor. Mas, a tecnologia só será implantada se trouxer redução de custo com ganho de produtividade. O agricultor não pode simplesmente pensar no meio ambiente se isso significar prejuízo. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.