05/May/2025

A fabricante de máquinas CNH Industrial, dona de marcas como Case IH e New Holland, registrou lucro líquido de US$ 131 milhões, ou US$ 0,10 por ação, no primeiro trimestre deste ano. O resultado representa baixa de 64% ante o reportado no primeiro trimestre de 2024. Em termos ajustados, o lucro passou de US$ 388 milhões para US$ 132 milhões (US$ 0,10 por ação). Analistas esperavam lucro ajustado de US$ 0,09 por ação. O Ebit (lucro antes de juros e impostos) ajustado foi de US$ 101 milhões, perda de 73%. Já as vendas foram de US$ 3,83 bilhões no período, recuo de 21%. Apesar do recuo na receita, o valor ficou acima de algumas projeções, que estimavam cerca de US$ 3,72 bilhões.

As vendas de equipamentos agrícolas da CNH recuaram 23% no trimestre, para US$ 2,58 bilhões, com a redução nos volumes de embarques, causada pela menor demanda do setor em todas as regiões e pelo processo de desestocagem dos concessionários, disse a empresa. O Ebit (lucro antes de juros e impostos) ajustado do segmento ficou em US$ 139 milhões, 64% a menos que o registrado no primeiro trimestre do ano passado. Por região, na América do Norte o volume caiu 12% para tratores com menos de 140 HP e 24% para tratores com mais de 140 HP, já para as colheitadeiras a queda foi de 51%.

Na Europa, Oriente Médio e África, a demanda por tratores e colheitadeiras caiu 23% e 34%, respectivamente. Na América do Sul, a demanda por tratores subiu 10% e por colheitadeiras aumentou 1%, revertendo a tendência negativa dos trimestres anteriores. Na região da Ásia-Pacífico, a demanda por tratores cresceu 12%, enquanto a demanda por colheitadeiras caiu 12%. O CEO Gerrit Marx destacou que, “apesar das condições desafiadoras do mercado, a CNH continua comprometida com a excelência operacional e o avanço de tecnologias de ponta”.

“Nosso foco na redução dos estoques dos concessionários e no controle de custos nos posicionou para enfrentar as incertezas macroeconômicas atuais, e nossa exposição global equilibrada nos permite continuar oferecendo produtos e serviços de excelência aos nossos clientes”, afirmou. Para todo o ano de 2025, a CNH informou que espera vendas globais no varejo do setor industrial menores tanto no mercado de máquinas agrícolas quanto no de construção, em comparação com 2024. Com o foco em redução de estoques, principalmente com produção menor que a demanda do varejo, as vendas líquidas de 2025 serão menores que as de 2024, segundo a empresa.

O lucro por ação ajustado foi projetado para entre US$ 0,50 e US$ 0,70. Já a receita líquida do segmento de agricultura deve ter queda de 12% a 20% no ano. Além da queda cíclica nas vendas da indústria, a CNH afirmou que avalia potenciais cenários de comércio global. “A incerteza quanto a esses cenários - incluindo o valor e a duração das tarifas impostas, as repercussões políticas dos parceiros comerciais dos Estados Unidos, e o impacto sobre os clientes finais, pode afetar as projeções da empresa para o ano”, disse. Fonte: Broadcast Agro.