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05/May/2025

Máquinas: AGCO divulga resultado do 1º trimestre

A AGCO, fabricante norte-americana de máquinas agrícolas de marcas como Valtra e Massey Ferguson, obteve lucro líquido de US$ 10,5 milhões, ou US$ 0,14 por ação, no primeiro trimestre deste ano. O resultado representa queda de 93,75% ante igual período do ano passado. Ainda assim, analistas consultados pela FactSet esperavam lucro de US$ 0,04 por ação. Em termos ajustados, o lucro passou de US$ 2,32 para US$ 0,41 por ação. As vendas líquidas da companhia somaram US$ 2,05 bilhões no período, queda de 30%, e em linha com as estimativas de US$ 2,1 bilhões. Além do lucro por ação maior que o esperado, o fato de a administração da AGCO não ter revisado para baixo seu guidance é um sinal positivo para as cotações.

Na América do Norte, as vendas caíram 34,1% no primeiro trimestre na comparação com um ano antes, para US$ 395,6 milhões. As vendas de tratores no varejo da indústria da região caíram 14% nos três primeiros meses do ano, com pressão "consistente" nas diferentes faixas de potência, embora as categorias de maior potência tenham apresentado recuos mais acentuados nos meses recentes. Houve queda de 46% nas vendas de colheitadeiras 46%. A incerteza na demanda por exportações de grãos e os altos custos de insumos devem pressionar a demanda da indústria em 2025, levando a vendas mais fracas na América do Norte em relação a 2024, especialmente para equipamentos de grande porte.

As vendas na América do Sul caíram 15,8% na mesma base de comparação, para US$ 229,9 milhões. A queda nas vendas no varejo da indústria e a produção abaixo da demanda do varejo foram os principais fatores para o recuo. As vendas mais baixas de tratores de alta potência e plantadeiras representaram a maior parte da queda. No Brasil, as vendas de tratores no varejo da indústria aumentaram 11% no trimestre, principalmente nas categorias de tratores menores. Apesar das colheitas recordes de soja e dos potenciais benefícios comerciais, ainda não houve uma melhora significativa na demanda por equipamentos maiores.

Se os benefícios comerciais aumentarem a rentabilidade no campo, é possível que haja uma melhora na demanda ao longo do ano. A empresa estima que a demanda no País melhore de forma modesta em 2025. Na Europa/Oriente Médio, as vendas somaram US$ 1,33 bilhão, queda de 22,1% ante o primeiro trimestre do ano passado. A queda nas vendas na maioria dos mercados da Europa Ocidental foi parcialmente compensada pelo crescimento na Espanha e na Europa Oriental. As maiores quedas ocorreram em tratores de média e alta potência, além de equipamentos para feno. Na região da Ásia-Pacífico e África, as vendas foram de US$ 94,5 milhões, queda de 36%.

"A AGCO teve um bom desempenho no primeiro trimestre, o que nos posiciona melhor para enfrentar as incertezas do comércio global e a demanda ainda fraca da indústria", disse o CEO, Eric Hansotia, em comunicado à imprensa. "Avançamos substancialmente em nossos esforços de redução de custos ao mesmo tempo que reduzimos os estoques, cortando em aproximadamente 33% as horas de produção no trimestre em relação ao ano anterior", acrescentou. Para todo ano de 2025, a AGCO reiterou seu guidance, com estimativa de vendas de US$ 9,6 bilhões e lucro por ação entre US$ 4 e US$ 4,50. A projeção reflete volumes de vendas menores e ações assumidas para mitigar os impactos tarifários. Fonte: Broadcast Agro.