05/May/2025
Após um ano de atividades da joint venture entre AGCO e Trimble que formou a PTx, a empresa já colhe os frutos de uma nova estratégia que combina capilaridade, tecnologia e foco no produtor. “Antes, éramos uma empresa de tecnologia entrando no agro. Agora, somos uma empresa do agro com tecnologia”, resumiu o diretor comercial da PTx, José Carlos Bueno. Criada oficialmente em abril de 2024, a PTx é a nova marca global de agricultura de precisão da AGCO. Ela reúne as soluções da Precision Planting e da recém-formada PTx Trimble, joint venture com a Trimble, para oferecer ao mercado tecnologias compatíveis com equipamentos de diferentes marcas e voltadas a todo o ciclo da lavoura, do plantio à pulverização e ao direcionamento de máquinas.
O posicionamento tem reflexo direto na ampliação do alcance da empresa, que agora conta com uma rede de distribuição formada pelos canais da Trimble e da Precision Planting e pelas marcas Massey Ferguson, Valtra e Fendt. “Conseguimos ter uma capilaridade e uma proximidade com os produtores muito melhores”, afirma Bueno. Segundo ele, isso também abre caminho para que os próprios revendedores das marcas de máquinas passem a ofertar soluções tecnológicas, o que no futuro “pode ajudar até na venda de máquinas Massey, Valtra e Fendt”. Mesmo em um cenário de juros elevados, que pressiona investimentos no campo, a PTx vê oportunidade ao oferecer produtos com ticket médio mais baixo. “Para o produtor, nosso produto é visto como um investimento mais simples, quase um pagamento normal. Diferente de uma máquina, em que o produtor faz um financiamento de cinco, sete, dez anos, aí sim, a taxa de juros pesa”, explicou o executivo.
A diversificação de culturas também contribui para a resiliência do negócio. A PTx atua tanto no mercado de grãos quanto no de cana-de-açúcar, com uma divisão de aproximadamente 60% e 40%, respectivamente. “A cana-de-açúcar é um grande comprador de tecnologia, porque isso ajuda a reduzir o custo operacional. Para nós, o mercado de cana é tão importante quanto o de grãos”, destacou. Bueno reconhece que o mercado de grãos, por ser mais pulverizado, apresenta desafios maiores em termos de cobertura, enquanto a cana oferece respostas mais rápidas. “O mercado de cana-de-açúcar é mais concentrado, conseguimos estar mais próximos do produtor e sentir esse retorno de forma mais clara”, observou. Fonte: Broadcast Agro.