01/May/2025
O Syngenta Group, gigante na área de insumos agrícolas, teve receita de US$ 7,3 bilhões no primeiro trimestre deste ano, recuo de 1% ante os US$ 7,4 bilhões registrados em igual período do ano passado. Já o Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) subiu 18% na mesma comparação, para US$ 1,4 bilhão. A companhia destacou que a receita caiu com as vendas ligeiramente mais baixas em alguns segmentos. Na Adama e na Syngenta Group China, a queda refletiu o foco contínuo em produtos com maior margem e a diminuição das vendas de produtos com margens mais baixas. Apesar disso, houve recuperação no segmento de proteção de cultivos, com o fim da redução de estoques, o que aumentou a demanda, especialmente nos Estados Unidos, além de um crescimento forte na China. Quanto ao Ebitda, o crescimento no primeiro trimestre foi atribuído ao impulso da área de proteção de cultivos.
O grupo também se beneficiou da queda nos custos de matérias-primas e da recuperação do mercado dos Estados Unidos. As vendas da Syngenta Crop Protection, de produtos para proteção de lavouras, somaram US$ 3,4 bilhões no primeiro trimestre, alta de 5%, com impulso do fim da redução de estoques no canal, especialmente nos Estados Unidos. Na América do Norte e na China, novos produtos impulsionaram o crescimento, e as vendas aumentaram 20% e 12%, respectivamente. Na América Latina, as vendas recuaram 9%, com a redução de estoques, pressão sobre preços e câmbio desfavorável. No Brasil, as vendas ficaram 5% abaixo do ano anterior devido à pressão competitiva sobre os preços. Em todas as regiões, as vendas de biológicos tiveram forte crescimento. A empresa de agroquímicos Adama registrou vendas de US$ 1,0 bilhão no primeiro trimestre, queda de 5%, devido ao foco contínuo em impulsionar negócios com margens mais altas e abandonar produtos com margens mais baixas.
O crescimento na China (+8%) e na América do Norte (+15%) ajudou a compensar as quedas em outras regiões”, destacou. Na Europa, África e Oriente Médio, as vendas caíram 6%. Já na Ásia-Pacífico (excluindo a China), as vendas caíram 22%. Na América Latina, houve queda de 23%, com pressão sobre os preços, câmbio fraco no Brasil e forte concorrência regional. Na Syngenta Seeds, de sementes, as vendas caíram 2%, para US$ 1,4 bilhão. O segmento apresentou forte crescimento na China, com aumento de 18% nas vendas, e uma alta de 4% nos negócios de hortaliças e flores, o que compensou a queda nas vendas de culturas de campo nos Estados Unidos, reportou a empresa. As vendas na América do Norte caíram 7%, enquanto na Ásia, Oriente Médio e África recuaram 5%, e na Europa, 9%.
No Brasil e na América Latina (excluindo o Brasil), onde tradicionalmente o primeiro trimestre é de baixo volume, as vendas caíram 13% e 49%, respectivamente. O Syngenta Group China registrou vendas de US$ 2,5 bilhões, baixa de 6% ante o primeiro trimestre do ano passado, devido à continuidade da estratégia de redução de negócios com baixa margem. As vendas de sementes cresceram 19%, consolidando a liderança da Syngenta no mercado chinês. As vendas de produtos de proteção de cultivos aumentaram 9%, impulsionadas pela forte demanda por inovações. As vendas de nutrição vegetal subiram 6%, enquanto as vendas de produtos químicos da Yangnong ficaram estáveis. Já o negócio de comercialização de grãos teve queda expressiva em comparação com igual período de 2024, como resultado da redução estratégica desse segmento. Fonte: Broadcast Agro.