01/May/2025
Segundo dados do relatório anual da DJI Agriculture, divulgado na sexta-feira (30/04), os drones agrícolas se consolidaram como ferramenta cada vez mais presente para produtores rurais, com um crescimento global de 90% desde 2020. O Brasil desponta entre os mercados em expansão, impulsionado por mudanças regulatórias e avanços tecnológicos que prometem reduzir custos e ampliar a precisão nas aplicações. A tecnologia ganhou impulso após a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) abolir a gestão obrigatória de aeronavegabilidade dos drones agrícolas em 2023, enquanto o Ministério da Agricultura avançou em medidas para padronizar o treinamento de operadores.
O relatório aponta que aproximadamente 400 mil drones agrícolas estejam em operação global, tratando mais de 300 tipos de culturas em 100 países. Entre os impactos ambientais mensuráveis, o estudo registra a economia de 222 milhões de toneladas de água. A participação de jovens e mulheres no setor também cresceu, graças aos programas estruturados de capacitação. Os drones agrícolas se tornaram equipamentos essenciais nas fazendas ao redor do mundo. Graças a políticas baseadas em pesquisa e a um processo mais claro de capacitação de operadores, a adoção entre jovens e mulheres cresceu significativamente. No Brasil, a cafeicultura aparece no relatório como caso de aplicação da nova tecnologia.
Produtores que adotaram drones para pulverização de fungicidas, inseticidas e fertilizantes foliares registraram redução de custos em 70% comparados à aplicação manual e 50% em relação a tratores convencionais. Os equipamentos também permitiram intervenções após chuvas, situação em que máquinas terrestres enfrentam dificuldades para operar. A fabricante chinesa também destacou no estudo seus avanços técnicos para reduzir a deriva de pesticidas, considerada um desafio em todos os métodos de aplicação. O relatório menciona testes realizados entre 2021 e 2024 com instituições globais, que teriam levado a empresa a otimizar o design dos bicos e a dinâmica do fluxo de ar dos equipamentos.
A recomendação para operações, de acordo com o documento, inclui velocidade do vento abaixo de 3,4 m/s e uso de gotas mais grossas para herbicidas. A tecnologia também aparece aplicada em culturas como arroz, onde os drones são usados tanto para pulverização quanto para distribuição de sementes. Em comparação com métodos tradicionais, os equipamentos podem reduzir o volume de água utilizado e aumentar a eficiência operacional. A DJI Agriculture foi criada em 2015 e atua como divisão de drones agrícolas da fabricante chinesa DJI, empresa líder no mercado global de drones civis. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.