30/Apr/2025

A Fendt, marca da AGCO, prevê expandir significativamente sua rede de lojas no Brasil até o fim da década, com a abertura de mais 40 unidades. “Hoje temos 33 lojas. Vamos fechar este ano com 37 e a meta é chegar a 73 pontos de venda até 2030”, revelou o vice-presidente da Fendt e Valtra na América Latina, Marcelo Traldi, durante a Agrishow. Ele estima que a indústria de máquinas agrícolas deve crescer entre 3% e 5% em 2025, acompanhando uma retomada gradual no otimismo do produtor rural. “A atmosfera dos agricultores está bem diferente em comparação com o ano passado”, afirmou Marcelo Traldi, vice-presidente da Fendt e Valtra na América Latina, durante a Agrishow.

Segundo o executivo, a melhora nas condições climáticas e a resiliência de algumas culturas ajudam a impulsionar o apetite por investimentos, mesmo com o cenário ainda pressionado por endividamento e oscilações nas commodities. “Mesmo que você tenha o preço das commodities variando, se o agricultor conseguiu plantar e colher, a necessidade por aquisição, seja para renovação de frota ou ampliação de área, continua existindo”, disse. Traldi também destacou que o perfil da demanda vem se diversificando de acordo com as regiões produtoras.

“O Cerrado demanda por máquinas maiores. O Rio Grande do Sul, por equipamentos de médio e pequeno porte. A cana precisa de máquinas médias, o café, de pequeno porte. Então, isso nos leva a acreditar que o crescimento será equilibrado em todas as faixas de potência”, afirmou. O executivo também ressaltou a importância de oferecer alternativas de financiamento frente ao custo do crédito. “Existem agricultores que optaram por comprar à vista ou ir para a moeda estrangeira. Outros buscaram consórcios, que têm se mostrado uma alternativa perene”, explicou. Segundo ele, o consórcio tem atraído tanto clientes que querem prever um investimento futuro quanto aqueles que enxergam vantagens em relação às linhas bancárias tradicionais.

Traldi reforçou o posicionamento complementar das marcas Fendt e Valtra para atender diferentes perfis de produtores, com soluções que vão de 50 a 670 cavalos de potência. “Estamos aptos, independentemente da cultura e do tamanho do agricultor, a prover soluções para todo tipo de agricultura”, afirmou. Apesar do otimismo, o executivo mantém os pés no chão e vê na diversidade regional uma forma de equilíbrio em momentos de instabilidade. “Algumas regiões podem ter sofrido um pouco mais, mas outras estão caminhando bem. E isso permite que a gente tenha uma visão mais segura sobre o crescimento do setor”, concluiu. Fonte: Broadcast Agro.