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04/Apr/2025

Marco Temporal: conciliação termina sem consenso

A última audiência da comissão que busca um acordo sobre o marco temporal terminou, na quarta-feira (02/04), sem consenso entre os membros. O ministro Gilmar Mendes vai avaliar uma eventual prorrogação dos trabalhos, mas ainda não há definição. A comissão já foi prorrogada duas vezes. Representantes da União já afirmaram que não farão um pedido para postergar a conclusão da comissão. Os debates se concentraram em duas minutas, uma delas proposta pelo gabinete do ministro com base nos debates de vários meses na comissão, e a outra apresentada pela União. Os membros da comissão se dividiram entre os dois textos e houve divergência em quase todos os pontos analisados até agora.

Sem consenso, o texto será decidido no voto. O objetivo da comissão, formada por integrantes dos partidos autores das ações que tratam do tema e representantes da União, Estados e municípios, é elaborar um anteprojeto de lei para substituir a Lei do Marco Temporal. A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), que representa os povos originários na comissão, decidiu deixar o grupo na segunda audiência e vem criticando a busca de uma conciliação.

O marco temporal em si, tese que determina que só podem ser demarcadas as terras ocupadas por povos indígenas na promulgação da Constituição, em 5 de outubro de 1988, é o ponto central da lei em discussão, mas Gilmar Mendes já deixou claro que a inconstitucionalidade da tese foi pacificada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e não será discutida. A proposta do ministro é deixar esse ponto de lado e focar em um "caminho do meio" em relação às ao procedimento de demarcação. Em fevereiro, o ministro afirmou que acredita que o texto que sair da comissão será aprovado pelo Congresso se houver "segurança geral de que vai ser um projeto equilibrado" e que garanta o interesse dos indígenas e dos proprietários rurais. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.