03/Apr/2025
A Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) manteve sua expectativa de 8% de crescimento no faturamento com máquinas agrícolas este ano em relação a 2024. Isso porque os crescimentos de 24% nas receitas em fevereiro sobre janeiro e a expansão de 17% na comparação interanual sustentam a expectativa vigente. Todavia, se faz necessário ponderar o fato de o desempenho positivo das máquinas agrícolas em fevereiro, como já se viu em janeiro, se dá sobre uma base de comparação muito baixa, já que no primeiro trimestre do ano passado o segmento da agropecuária enfrentava uma seca muito grande. Os produtores estavam com a soja e o milho ainda no campo, sem colher e muitos não sabiam o quanto iriam colher. Assim, não comprariam máquinas. Então, a base é muito baixa.
Mas, mesmo assim, a entidade olha esse aumento de janeiro e fevereiro lembrando que em novembro e dezembro os resultados já foram maiores. Isso corrobora a previsão de ter um faturamento 8% maior. No ano passado, o faturamento caiu 20%. Não é um número bom, mas bastante factível. Lembrando que, sob o ponto de vista da porteira para dentro, para o agricultor, o ano está normal: não está sendo exuberante para o milho, não está tendo grande atividade, mas está tendo lucro. Os outros mercados importantes na sequência, como a cana-de-açúcar, estão normais. Café está muito bem porque é um mercado muito comprador. Depois, algodão, o mercado também está comprador. Ou seja, dentro da porteira, está um ano normal. O grande problema para o setor agrícola hoje é a taxa de juros muito alta. O Plano Safra praticamente acabou, e a taxa de juros fora do Plano Safra é muito cara. No Moderfrota, a taxa é de 11,5% no Plano Safra. Se for ao mercado, vai sair a 19%. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.