03/Apr/2025
De acordo com o levantamento "Monitoramento dos índices de reciclagem mecânica de plásticos pós-consumo no Brasil", encomendada pelo Movimento Plástico Transforma, a indústria de alimentos e bebidas consumiu em 2023 (dados mais recentes) 158 mil toneladas de resinas recicladas pós-consumo, queda de 12,7% em relação a 2022, quando foram usadas cerca de 181 mil toneladas de plásticos reciclados. Os dados indicam uma das consequências do ciclo de baixa petroquímico. A MaxiQuim, consultoria que realizou o estudo, afirmou que a queda se refere principalmente às embalagens PET.
Em quase todos os segmentos houve queda no uso de plástico reciclado ao longo de 2023, mas o mercado de alimentos e bebidas sofre mais quando a matéria-prima reciclada está em um patamar de preço não competitivo em relação à matéria-prima virgem. É um setor que ficou menos seduzido a usar o reciclado neste ano em função dos baixos preços do PET virgem. É uma resposta a um ciclo de baixa nas resinas virgens. O setor petroquímico vive um período de dificuldade de repasse de preços, o que tem reduzido as margens das companhias do setor.
Os preços mais baixos acabam por fazer as resinas recicladas menos interessantes para a indústria. As principais aplicações do material reciclado são embalagens laminadas, frascos e garrafas, que utilizam o PET como matéria-prima. Na indústria de resinas recicladas pós-consumo, apenas o PET reciclado, produzido via reciclagem mecânica, possui regulação válida da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para contato com alimentos e bebidas. A pesquisa foi encomendada pelo Plano de Incentivo à Cadeia do Plástico (PICPlast). Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.