ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

17/Feb/2025

Fertilizantes: forte alta da ureia no mercado interno

O Itaú BBA avalia que os preços dos fertilizantes nitrogenados devam se manter sustentados, em razão da maior demanda típica no primeiro trimestre do ano. As cotações da ureia subiram 14,5% em janeiro, para US$ 417 por tonelada nos portos brasileiros. A demanda reforçada também é o principal fator para uma leve alta de preços nos potássicos, de 3,4% em janeiro. Já o cenário de preços firmes para os fosfatados se manteve. O banco atribui os aumentos dos nitrogenados à menor oferta do produto iraniano, o qual teve sua produção reduzida por causa da restrição de matéria-prima no país. A esse cenário se acrescenta o custo de produção crescente, com alta no preço do gás natural nos mercados internacionais.

Além disso, os leilões de compra de nitrogenados na Índia foram mais agressivos para garantir o suprimento do macronutriente. Também começou o período de compras de fertilizantes nos Estados Unidos e na Europa, o que reforça a expectativa de maior demanda. Nos EUA, produtores ainda tendem a migrar as áreas de soja para o milho, devido ao momento de cotações mais altas para o cereal, o que tende elevar ainda mais o apetite pelos nitrogenados, devido às necessidades nutricionais do cereal. Nos potássicos, a leve alta pode ser justificada por um aumento na procura por parte de produtores brasileiros e asiáticos, que aproveitam os preços mais baixos para fazer aquisições antecipadas.

O preço do cloreto de potássio subiu 3,4% no mês, para US$ 305 por tonelada, mostrando uma melhor adequação entre oferta e demanda, com restrição da oferta do produto nos países europeus, após alguns meses de excesso. Por fim, o MAP apresenta estabilidade no mês, a US$ 635 por tonelada nos portos brasileiros, praticamente sem alteração nos últimos seis meses. Os preços altos para o produto têm incentivado alguns produtores a procurarem alternativas com menor concentração de fosfato do que o MAP/DAP e mais em conta, como o SSP ou o STP. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.