13/Feb/2025

A Sumitomo Chemical planeja expandir seu complexo industrial em Maracanaú (CE) e prevê o lançamento de 25 a 30 novos produtos no mercado brasileiro até 2030, com foco em culturas especiais e projetos de economia circular no agronegócio. Há um projeto aprovado de expansão da indústria existente, com aquisição de área adjacente, segundo o head da Sumitomo Chemical Brasil, Cassio Greghi. A ampliação deve incluir uma nova unidade de biorracionais (produtos biológicos ou de origem natural), produtos que atualmente são fabricados apenas próximo a Chicago, nos Estados Unidos. A intenção é que o complexo de Maracanaú concentre toda expansão. A ideia é comprar uma área em volta e crescer por módulos.

A Sumitomo também vê oportunidades na integração lavoura-pecuária e bioenergia, alinhadas ao conceito de economia circular. Há produtores combinando soja, milho, pecuária e até usinas de etanol. No Piauí, por exemplo, há um projeto onde plantarão 5 mil hectares de capim para fazer briquetes e gerar energia para uma usina de etanol de milho. Do etanol sai o DDG para alimentação animal, enquanto áreas degradadas são recuperadas com eucalipto. A empresa está estruturando uma divisão voltada para culturas como cana-de-açúcar, citros e café, que vêm crescendo no portfólio da companhia. São mercados que não enfrentam os mesmos desafios que vemos na soja atualmente.

Além disso, quer expandir a atuação em hortifruti e desenvolver soluções para integração lavoura-pecuária, especialmente com biorracionais para milho de silagem e manejo de pastagens. O investimento no complexo industrial do Ceará, inicialmente previsto para 2025, foi adiado por causa dos desafios do setor em 2023 e 2024. Em 2024, a prioridade foi a expansão da estação experimental em Mogi Mirim (SP), dobrando seu tamanho. O próximo passo será avaliar a aquisição da área para o complexo industrial. Entre os novos produtos previstos, está o fungicida Pladius para algodão e o herbicida Zeta Evo, apresentado no Show Rural Coopavel.

O Zeta Evo traz um novo padrão de controle para plantas difíceis, como capim e buva, enquanto o Progib, voltado para cana-de-açúcar, já apresenta resultados positivos no rendimento industrial das usinas. A Sumitomo também busca avançar em soluções sustentáveis e alternativas para monetizar o sequestro de carbono por meio da biomassa gerada pelos biorracionais. Com a atual conjuntura de crédito mais restrito no setor agrícola, a empresa projeta crescimento moderado em 2025, acompanhando a expansão natural do mercado. O crescimento em 2025 está muito baseado no crescimento que o mercado vai trazer. Não tem foco em ganho de share neste momento, tem muito mais foco na eficiência. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.