10/Feb/2025

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, defendeu maior presença do Estado para garantir o equilíbrio dos preços de alimentos, com medidas como o estímulo a investimentos em armazenamento de grãos e desenvolvimento do mercado interno para commodities. Ele apontou a necessidade de infraestrutura de silagem e o impacto da dolarização de commodities, inclusive as produzidas no Brasil. O País está caminhando para uma supersafra e o desafio é a armazenagem. O BNDES está se antecipando para estimular o armazenamento da safra porque a venda desta safra está muito dependente dos desdobramentos da tensão geopolítica.

Se a China fizer acordo com os Estados Unidos para comprar mais alimentos, haverá restrições às exportações do Brasil. Mas, se a tensão entre a China e os Estados Unidos crescer, o país asiático vai suprir parte da produção de grãos de concorrentes do Brasil. É um cenário que demanda mais infraestrutura de armazenamento, silagem e o governo está trabalhando fortemente nisso. A segunda questão é o câmbio. Porque parte dos preços dos alimentos está dolarizada e estão ficando mais caros nas prateleiras. O Brasil tem oferta, mas o preço está indexado à bolsa internacional. É preciso desenvolver a agricultura familiar e o mercado interno de alimentos. Além disso, o BNDES criou uma área específica para lidar com impactos da emergência climática. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.