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07/Feb/2025

Máquinas: AGCO divulga resultado do 4º trimestre

A AGCO, fabricante norte-americana de máquinas agrícolas de marcas como Valtra e Massey Ferguson, obteve prejuízo líquido de US$ 255,7 milhões, ou US$ 3,42 por ação, no quarto trimestre de 2024. O resultado reverte o lucro reportado em igual período de 2023, de US$ 339 milhões, ou US$ 4,53 por ação. Em termos ajustados, o lucro passou de US$ 3,78 para US$ 1,97 por ação. As vendas líquidas da companhia somaram US$ 2,89 bilhões no período, baixa de 24% ante o reportado em igual intervalo de 2023. O CEO da AGCO, Eric Hansotia, ressaltou que a demanda por novos equipamentos diminuiu na maioria dos mercados globais, especialmente com a baixa renda das fazendas que produzem grãos. “A produção recorde de soja no Brasil e o atraso no plantio do milho destacam tanto o potencial de crescimento quanto os riscos”, afirmou, acrescentando que a instabilidade geopolítica e as interrupções relacionadas ao clima afetam a oferta global de trigo.

“Continuamos a esperar uma maior adoção de tecnologia de precisão, mas a difícil situação econômica das fazendas resulta em uma demanda fraca da indústria global em quase todas as categorias de equipamentos”, disse. Na América do Norte, as vendas da AGCO caíram 38,7% no quarto trimestre de 2024 ante igual período de 2023, somando US$ 546,8 milhões. Já as vendas na América do Sul recuaram 31,6%, para US$ 282 milhões. Na Europa e Oriente Médio, as vendas chegaram a US$ 1,883 bilhão, baixa de 0,9% ante o quarto trimestre de 2023. Na região Ásia/Pacífico/África, houve queda de 26,2%, para US$ 175,7 milhões. Em relatório, a companhia destacou que as vendas de tratores no varejo da indústria norte-americana diminuíram 13% em 2024, com as categorias de maior potência apresentando queda maior nos meses recentes. As vendas de colheitadeiras caíram 22% na comparação anual. “A menor previsão de renda agrícola e uma frota renovada devem pressionar a demanda da indústria em 2025, resultando em vendas mais fracas da indústria norte-americana em comparação com 2024, especialmente em equipamentos maiores”, afirmou a AGCO.

Além disso, as vendas de tratores no varejo da indústria brasileira diminuíram 4% em 2024, disse a AGCO. “A área plantada no Brasil aumentou apenas modestamente em 2024, após cinco anos de crescimento significativo. Os preços mais baixos das commodities, o aumento da dívida dos agricultores e a redução da demanda da China criaram cautela entre os agricultores brasileiros”, explicou. Com isso, a demanda no País deve permanecer estável em 2025, em virtude das dinâmicas mistas do mercado, segundo a companhia. Já na Europa, as vendas de tratores no varejo da indústria diminuíram 6% em 2024 em comparação com o ano anterior. “Espera-se que a demanda da indústria continue fraca em 2025, à medida que a redução nos níveis de renda pressione a demanda dos agricultores de culturas, enquanto a demanda saudável de produtores de lácteos e pecuária deve mitigar parte da queda”, disse.

Para 2025, as vendas líquidas devem ser de aproximadamente US$ 9,6 bilhões, refletindo volumes de vendas mais baixos, preços relativamente estáveis, além da conversão desfavorável de moedas estrangeiras. Além disso, as margens operacionais ajustadas estão projetadas para ficar em torno de 7% a 7,5%, com o efeito das vendas mais baixas, volumes de produção menores, maior controle de custos e investimentos moderadamente mais baixos em engenharia. Com base nisso, a AGCO projetou lucro por ação de aproximadamente US$ 4,00 a US$ 4,50 por ação. “Em 2025, continuaremos a executar nossa estratégia Farmer-First (Fazendeiro em Primeiro Lugar), fortalecida pelos movimentos no portfólio e ações agressivas de controle de custos, incluindo nosso programa contínuo de reestruturação”, disse em relatório o CEO da AGCO. “Esperamos que esses esforços atenuem o impacto do enfraquecimento adicional da demanda da indústria, ajudando a entregar margens operacionais ajustadas bem acima dos níveis alcançados durante os períodos de baixa anteriores da indústria”, acrescentou. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.