06/Feb/2025
Embora a China tenha anunciado tarifas sobre equipamentos agrícolas fabricados nos Estados Unidos, os fabricantes Deere, CNH Industrial e AGCO enfrentam uma ameaça maior com uma possível guerra comercial na América do Norte. As vendas, cadeias de suprimentos e unidades de produção dessas empresas estão fortemente integradas nos Estados Unidos, Canadá e México. Na segunda-feira (03/02), o governo dos Estados Unidos suspendeu por 30 dias a imposição de tarifas de 25% sobre produtos do México e do Canadá, após abrir negociações com os dois países sobre o controle das fronteiras. A CNH, que possui as marcas Case IH e New Holland, informou que cerca de US$ 400 milhões de suas importações estariam sujeitas às tarifas de 25% sobre produtos do Canadá e do México. Qualquer aumento nos custos será repassado aos clientes.
A empresa está avaliando opções para realocar parte da produção, a fim de reduzir a exposição às tarifas. Essas mudanças poderiam levar até 18 meses para serem concluídas, e não serão realizadas se as tarifas forem de curto prazo. A tarifa retaliatória de 10% imposta pela China a tratores, colheitadeiras e outros equipamentos agrícolas fabricados nos Estados Unidos provavelmente terá impacto mínimo sobre os fabricantes norte-americanos. De acordo com uma análise do Jefferies baseada em dados do Census Bureau, as exportações norte-americanas de equipamentos agrícolas para a China somam cerca de US$ 500 milhões por ano. Para efeito de comparação, as vendas totais de equipamentos da Deere no ano passado foram de quase US$ 45 bilhões. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.