05/Feb/2025
Segundo o Itaú BBA, a tendência de alta nos preços dos fertilizantes no exterior deve se refletir nas cotações no Brasil. Fatores como menor volume de matéria prima e melhora na demanda devem atuar como fatores de sustentação. O mercado de nitrogenados deve continuar em tendência de alta, que é atribuída à menor oferta do produto iraniano, com produção reduzida por causa da falta de matéria prima. Somado a isso, os leilões de compra da Índia não atingiram o volume necessário para atender o seu grande mercado doméstico. No leilão de janeiro (23/01), com preços ofertados acima dos US$ 420,00 por tonelada, ante US$ 370,00 por tonelada um mês antes, o governo conseguiu maiores volumes. O custo crescente, por conta do aumento de preço do gás natural, também causa impacto nesse mercado. Assim, essa tendência de alta será seguida também pelo Brasil.
Outro ponto relevante é que este é o momento em que Estados Unidos e Europa entram no mercado, o que aumenta a demanda. Além disso, em virtude dos preços relativos mais elevados do milho, deve haver uma migração de área da soja para o cereal nos Estados Unidos, o que levaria a um maior consumo de nitrogenados por conta das necessidades especificas de cada cultura. Em contrapartida, o cloreto de potássio subiu 3,4% no mês, para US$ 305,00 por tonelada, o que levou a uma adequação maior entre oferta e demanda com restrição da oferta do produto nos países europeus, após alguns meses de excesso. As cotações dos fosfatados também devem se manter sustentadas, em virtude de uma oferta limitada dos principais exportadores. Os preços estão estáveis há seis meses nos portos brasileiros, nos níveis de US$ 635,00 por tonelada.
Isso tem incentivado alguns produtores a mudarem do MAP para outros produtos com menor concentração de fósforo, que são mais baratos. Quanto às relações de troca, para a soja, a relação com o MAP está próxima das máximas dos últimos cinco anos. As recentes quedas das cotações da soja prejudicaram um pouco a relação de troca com o MAP, porém, o indicador permanece favorável para o grão em relação ao cloreto de potássio. No caso do milho, o MAP e a ureia continuam com o indicador de relação de troca no mercado spot acima da média dos últimos 5 anos, diferentemente do cloreto de potássio. Para o trigo, as relações de troca spot estão acima da média para o MAP e ureia, mas o indicador para o cloreto de potássio se mantém abaixo da média e próximo das mínimas dos últimos 5 anos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.