05/Feb/2025
A fabricante norte-americana de máquinas CNH Industrial, dona de marcas como Case IH e New Holland, registrou lucro líquido de US$ 176 milhões, ou US$ 0,14 por ação, no quarto trimestre de 2024. O resultado representa recuo de 70% na comparação com o resultado revisado do quarto trimestre de 2023, de lucro líquido de US$ 583 milhões, ou US$ 0,44 por ação. O lucro ajustado recuou 63%, para US$ 196 milhões no período, ou US$ 0,15 por ação. A receita perdeu 28% no quarto trimestre de 2024, somando US$ 4,876 bilhões. O Ebit (lucro antes de juros e impostos) ajustado de atividades industriais na companhia no período chegou a US$ 194 milhões, baixa de 71% ante igual intervalo de 2023.
As vendas de no setor agrícola da CNH caíram 31% no trimestre, de US$ 4,947 bilhões para US$ 3,411 bilhões, com menores volumes de remessa em virtude da queda na demanda da indústria em todas as regiões e ao processo de desestocagem dos concessionários, disse em relatório. O Ebit ajustado do segmento ficou em US$ 244 milhões, perda de 62% ante igual intervalo do ano anterior. Na América do Norte, o volume da indústria caiu 34% para tratores acima de 140 HP no quarto trimestre de 2024 em relação ao ano anterior, enquanto a perda para tratores abaixo de acima de 140 HP foi de 10% e para colheitadeiras 33%. Na Europa, Oriente Médio e África, a demanda recuou 6% para tratores e 31% para colheitadeiras.
Segundo a companhia, na América do Sul, a demanda por tratores diminuiu 5%, enquanto a procura por colheitadeiras cedeu 21%. Em todo o ano de 2024, a CNH Industrial reduziu em 45% o lucro líquido, para US$ 1,259 bilhão. O lucro líquido ajustado foi de US$ 1,339 bilhão, recuo de 40% em relação ao ano anterior. Já a receita caiu 20% em igual comparação, para US$ 19,836 bilhões. O Ebtida no ano fiscal ficou em US$ 1,404 bilhão, baixa de 47% ante 2023. “Como planejado, o estoque dos concessionários de Agricultura caiu no quarto trimestre em mais de US$ 700 milhões devido ao apoio focado nas vendas do varejo e 34% menos horas de produção”, destacou em relatório o CEO da CNH, Gerrit Marx.
“Nossos esforços proativos e contínuos para alinhar nossa estrutura de negócios com o ambiente atual da indústria nos permitiram entregar nossos produtos com uma erosão de margem razoável”, disse. Segundo ele, ainda, as condições do mercado continuarão “desafiadoras” até, pelo menos, a primeira metade de 2025. Com isso, os níveis de produção continuarão baixos para reduzir ainda mais os estoques no canal. Para 2025, a empresa espera vendas globais no mercado de equipamentos agrícolas e de construção menores em 2025 em comparação com 2024. “Além disso, a CNH está focada em reduzir o estoque excessivo nos canais, principalmente produzindo menos unidades do que o nível de demanda de varejo”, explicou.
Segundo a companhia, os níveis mais baixos de produção e vendas terão efeito negativo nos resultados da margem do segmento, mas há esforços passados para reduzir custos operacionais para “mitigar parcialmente a erosão da margem”. Para a CNH, as vendas líquidas no segmento de agricultura devem cair entre 13% e 18% em 2025, com Ebit ajustado entre 8,5% e 9,5%. No segmento de construção, a empresa prevê queda nas vendas entre 5% e 10%. Já o lucro por ação diluído e ajustado da CNH é previsto para ficar entre US$ 0,65 e US$ 0,75 neste ano. Fonte: Broadcast Agro.