27/Jan/2025
O BTG Pactual prevê resultados distintos para os intermediários agrícolas no quarto trimestre de 2024, afetados pelo atraso no plantio da soja na Região Centro-Oeste e as dificuldades financeiras no mercado. O trimestre marca a conclusão de um ano desafiador para os vendedores de insumos agrícolas. Para a 3tentos, que divulga resultados em 24 de fevereiro, o banco projeta receita de R$ 3,1 bilhões (+2% sobre igual período de 2023), Ebitda ajustado de R$ 273 milhões (+27%) e lucro líquido de R$ 121 milhões.
O banco espera um trimestre forte em todas as verticais, com recuperação de margem no segmento de Varejo. No varejo, a projeção é de crescimento de 23% na receita, para R$ 1,3 bilhão, com margem bruta de 19,3%. O volume deve crescer 30%, beneficiado por novas lojas. Na área industrial, apesar de queda de 34% no volume por paradas de manutenção, a empresa deve atingir a meta anual de 2,2 milhões de toneladas de soja processada.
A Boa Safra, com balanço previsto para 25 de março, deve registrar receita de R$ 1,2 bilhão (+40%) e Ebitda de R$ 178 milhões (+10%), com margem de 15,1%. 2024 foi um ano indiscutivelmente difícil para os negócios da Boa Safra: desafios climáticos, plantio de soja atrasado e dificuldades financeiras em suas principais contas contribuíram para um desempenho abaixo do esperado.
Os volumes de venda de sementes devem fechar o ano passado estáveis, apesar da expansão de capacidade, refletindo preços mais baixos dos grãos e rentabilidade reduzida para varejistas e agricultores. O banco mantém, porém, recomendação de compra para ambas as empresas, destacando que "parte da beleza do setor de agronegócios é que ele é inerentemente cíclico, com cada ano trazendo desafios e oportunidades distintos". Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.