17/Jan/2025
O grupo Los Grobo, que controla a Los Grobo Agropecuária e a Agrofina, informou na quarta-feira (15/01) em fato relevante à Comissão Nacional de Valores da Argentina (CNV) que não conseguiu efetuar o pagamento de dívidas com bancos. A Los Grobo Agropecuária deixou de pagar mais de US$ 12 milhões, enquanto o montante da Agrofina era de quase US$ 9 milhões. A Los Grobo Agropecuária não conseguiu chegar a um acordo para pagar US$ 8,583 milhões de um refinanciamento de dívida e empréstimo feito com oito bancos e uma holding em 2021, com vencimento em 13 de janeiro deste ano. Além disso, o pagamento de US$ 4,065 milhões referentes a um contrato de 2019 deixariam de ser pagos. Junto a isso, a companhia afirmou que não poderia cumprir com dois pagamentos com vencimento em 15 de janeiro, relacionados a empréstimos feitos no ano passado.
Entre eles, o montante de 258,862 milhões de pesos argentinos (cerca de US$ 248,76 mil, com US$ 1 = 1.040 pesos) e outros 4,757 bilhões de pesos argentinos (US$ 4,571 milhões). Entre os credores estão Banco Galicia e Buenos Aires, Santander Argentina, GGAL (antes HSBC Bank Argentina), Supervielle, Banco Hipotecário, Banco Macro, Banco de la Provincia de Buenos Aires, Banco Industrial, além da Promontoria Holding 318. O Banco Galicia informou à Los Grobo que, como agente de garantia, estava autorizado a executar as garantias correspondentes a cada um dos financiamentos em nome dos Bancos. A Promontoria notificou o grupo de que, diante de um descumprimento do contrato, manteria os bens fideicomissos até que a liquidação das obrigações.
Em fato relevante separado, a Agrofina informou à CNV que não conseguiria pagar quase US$ 9 milhões que venceram na segunda-feira (13/01), sendo US$ 6,216 milhões de um contrato de refinanciamento de dívida e empréstimo, e US$ 2,781 milhões de outro empréstimo. Fora isso, pagamentos com vencimento em 15 de janeiro não seriam efetuados, sendo 202 milhões e 4,266 bilhões de pesos de empréstimos separados. Em dezembro, o grupo Los Grobo deixou de pagar título de dívidas com vencimento no final do mês, alegando a crescente falta de liquidez no mercado de títulos de dívida para emissores do setor agropecuário. Junto com as subsidiárias, o grupo havia informado que não conseguiria honrar pagamentos de títulos de dívida com vencimento até 31 de março de 2025. Fonte: Broadcast Agro.