10/Jan/2025
Segundo avaliação da Federação Única dos Petroleiros (FUP), as fábricas de fertilizantes (Fafens) de Camaçari, na Bahia, e Laranjeiras, em Sergipe, da Petrobras, paralisadas desde 2023, voltarão a produzir ainda em 2025 sob a gestão da estatal. A aprovação depende apenas da diretoria da empresa. A reintegração das Fafens ao sistema Petrobras depende somente da aprovação da diretoria executiva da Petrobras e, claro, da atenção contínua dos trabalhadores, para assegurar que ninguém seja deixado para trás nesse processo de reconstrução. A retomada das unidades representaria um avanço estratégico para o Brasil, e reafirmaria o compromisso do governo federal com as necessidades essenciais do País.
O Brasil é um dos maiores importadores globais de fertilizantes, apesar de ser um dos maiores produtores de alimentos do mundo. A volta da Petrobras ao setor poderia suprir cerca de 80% da demanda. O parque industrial de fertilizantes, com a retomada da produção em quatro unidades (Fafen-BA, Fafen-SE, ANSA-PR e Fafen-MS), tem o potencial de gerar mais de 20 mil empregos diretos. Isso marca a retomada do papel da Petrobras como motor do desenvolvimento e protagonista do Plano Nacional de Fertilizantes. No entanto, a falta de mão de obra qualificada na Petrobras é um ponto de atenção, devido aos planos de demissão voluntária dos últimos anos. Este vazio estrutural evidencia a complexidade e a urgência do desafio à frente.
O setor de fertilizantes foi drasticamente desmantelado no último governo, deixando sequelas profundas nos trabalhadores, muitos dos quais foram realocados para diferentes regiões do País. Alguns desses trabalhadores carregam traumas irreversíveis. Quanto às fábricas da Bahia e Sergipe, a FUP defende sua plena reintegração à Petrobras, com o fim do contrato de arrendamento com a Unigel, que assumiu a operação em 2019. A Fafen-BA (hibernada em 2018) tinha como principais produtos a amônia, ureia, gás carbônico e Agente Redutor Líquido Automotivo (Arla 32); e a Fafen-SE produzia ureia fertilizante, ureia para uso industrial, amônia, gás carbônico e sulfato de amônio (também usado como fertilizante). Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.