06/Dec/2024
Segundo a Petrobras, a nova descoberta de gás da subsidiária da estatal na Colômbia, em sociedade com a Ecopetrol, visa produzir o gás e distribuí-lo para o mercado colombiano em um primeiro momento. Neste primeiro momento, não há intenção de exportar o gás da Colômbia para o Brasil. Agora, o foco é o mercado colombiano. Há uma demanda imensa por gás natural na Colômbia e, em poucos anos, o país estaria importando (caso nada mais fosse descoberto). Em seguida, porém, a Petrobras vai continuar perfurando para aumentar a produção futura e, então, a exportação via gás natural liquefeito, inclusive para o Brasil, seria um caminho natural. O mercado colombiano de gás natural é de 30 milhões de metros cúbicos (m³) por dia, sendo algo entre 35% e 37% deste volume utilizado por usinas termoelétricas.
O restante se divide entre os setores industrial, veicular e residencial. O setor residencial tem nível de cobertura maior do que no Brasil, cerca de 80% das residências são abastecidas com gás. A produção de Sirius vem justamente para abastecer essa necessidade natural do país, onde havia um declínio da produção interna. Segundo os executivos da Petrobras, técnicos do consórcio recolhem amostras de rocha para entender o comportamento do reservatório e modelar o volume, e devem avançar para testes de vazão em janeiro. A fase de desenvolvimento da produção começa entre janeiro e março. O próximo poço exploratório planejado, Buena Suerte, deve ser perfurado a partir de março e o terceiro, Papa Yuella, deve ser perfurado no segundo semestre, caso o anterior seja bem-sucedido.
No futuro, comunicou a Petrobras, a produção esperada por meio de quatro poços produtores em desenho "subsea to shore" (quando a produção é escoada diretamente para uma planta de processamento montada na costa) é de cerca de 13 milhões de m³ por dia durante 10 anos. O consórcio, em que a Petrobras detém 44,44% do negócio, estima investir US$ 1,2 bilhão para a fase exploratória e US$ 2,9 bilhões já na fase de desenvolvimento da produção. Para efeito de comparação, Raia Manta, da Petrobras e Equinor na Bacia de Campos, e o projeto Sergipe Águas Profundas (Seap) na Bacia de Sergipe-Alagoas, esperam incrementar, cada um, em 18 milhões de m³ por dia. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.