21/Nov/2024
Segundo o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, o acordo entre Brasil e Argentina para a importação de gás de Vaca Muerta é extremamente vantajoso e está em sintonia com o programa "Gás para Empregar". O acordo permitirá à indústria nacional acessar a molécula a preços mais baratos. Hoje, o gás brasileiro custa entorno de US$ 14,00 a US$ 15,00 por m³, enquanto o da Argentina será importado por aproximadamente US$ 7,00 a US$ 8,00 por m³. A importação do gás se dará por meio do gasoduto Brasil-Bolívia (Gabol) e permitirá reindustrializar o País, beneficiando segmentos com alto consumo de energia, como a indústria siderúrgica e de vidros, por exemplo. Hoje, o País exporta a maior parte do que produz sem manufaturar, muito em consequência dos custos da energia, em especial o gás.
O ministro prevê que até o segundo semestre de 2025 será possível importar 2 milhões de m³ e até 2030 outros 28 milhões de m³, totalizando 30 milhões de m³. Em relação às críticas sobre a importação de um insumo que poderia ser produzido nacionalmente, o ministro argumenta que hoje o governo tem trabalhado junto as petrolíferas, como a Petrobras, para incentivar a produção interna. Entre as medidas está a exigência para que os navios-plataforma (FPSO) já venham com capacidade para trazer o petróleo e o gás natural até a costa. A parte mais rentável do negócio de petróleo é a extração de óleo, mas é preciso usar riqueza como um todo.
Para o Citibank, o acordo entre Brasil e Argentina para a importação de gás natural de Vaca Muerta é um marco relevante para ajudar a acelerar a monetização de uma grande base de recursos. A YPF e a Pampa Energia são as maiores beneficiárias do acordo devido a sua grande exposição ao gás do campo argentino. A rota mais provável para trazer o gás será o gasoduto Brasil-Bolívia (Gasbol), que hoje tem aproximadamente 15 milhões de metros cúbicos (m³) de capacidade ociosa. Outras alternativas seriam: construir um sistema passando pela região do Chaco paraguaio, ou conectar as malhas de gás dos dois países através infraestrutura para Uruguaiana, no Rio Grande do Sul. Essa última alternativa exigiria a conclusão do gasoduto Nestor Kirchner. Outra alternativa seria conectar através do Uruguai. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.