18/Nov/2024
A fabricante de insumos e defensivos biológicos Vittia reportou lucro líquido de R$ 45,8 milhões no terceiro trimestre de 2024, uma queda de 21% em relação a igual período do ano anterior. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado caiu 7,7%, totalizando R$ 83,2 milhões, com uma margem de 26,9%, retração de 4%. A receita líquida, no entanto, subiu 6,2%, somando R$ 309,4 milhões no trimestre. Os resultados foram afetados negativamente pela estiagem que atingiu o Brasil em setembro, comprometendo a performance esperada para o mês. Setembro teve um resultado muito decepcionante devido à seca.
As queimadas em áreas de cana-de-açúcar e o atraso no plantio de soja, especialmente em Mato Grosso, travaram o mercado. O segmento de biológicos, considerado estratégico para a empresa, registrou queda de 23,1% na receita, fechando o trimestre com R$ 73,5 milhões. A competição aumentou pela necessidade das empresas de fecharem negócios iniciais, o que pressionou ainda mais o mercado de inoculantes para a soja. O mercado travou com o atraso no plantio da soja, que é o principal momento para o uso de inoculantes. Apesar do desempenho abaixo do esperado no trimestre, a linha de defensivos biológicos mantém crescimento no acumulado do ano.
Em contraste, o segmento de fertilizantes foliares e produtos industriais da Vittia teve alta de 26,5%, alcançando R$ 157,2 milhões. Como esses produtos são aplicados no solo antes do plantio, o impacto da seca foi menor. A alavancagem financeira da Vittia encerrou o período em 0,9 vez o Ebitda dos últimos 12 meses, mesmo com os gastos em recompra de ações e proventos. No acumulado do ano, a receita da empresa apresentou crescimento de 3,5%. Independentemente da seca em setembro, este já era um ano de maior conservadorismo do produtor. Não é um ano de alta para o mercado, não é um ano de otimismo. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.