31/Oct/2024
Segundo o Rabobank, o mercado de insumos agrícolas enfrentará um período de margens mais apertadas até 2027, com produtores precisando se adaptar a um novo cenário, após o ciclo de alta rentabilidade entre 2019 e 2023. A virada de 2023 para 2024 marcou o fim de um ciclo bastante positivo para commodities, como soja, milho e algodão, que tiveram períodos de margens bastante expressivas. Agora, entrou um período mais restritivo, para os próximos 2 a 3 anos. A adaptação não virá necessariamente por reação nos preços, mas pela readequação dos produtores à nova realidade. Enquanto grãos enfrentam esse cenário mais desafiador, culturas como cítricos, café e cana-de-açúcar ainda devem manter margens elevadas. A redução nos custos de produção, especialmente em fertilizantes e defensivos químicos, pode amenizar o impacto das margens menores. O cloreto de potássio, por exemplo, apresenta preços próximos ao mínimo histórico em virtude do balanço equilibrado de oferta e demanda.
Fertilizantes fosfatados, como o MAP, mantêm preços elevados por restrição de oferta global. O nitrogênio segue sensível a tensões geopolíticas, especialmente no Oriente Médio. Para 2024, a projeção é de entrega de 45,5 milhões de toneladas de fertilizantes ao consumidor final brasileiro, para 46,6 milhões de toneladas em 2025, um aumento de 2,5%. O setor de defensivos químicos, que enfrentou dificuldades em 2023 com estoques elevados, deve ver uma recuperação gradual, com o valor total do mercado esperado em US$ 20,9 bilhões em 2024 e um leve crescimento de 1,2% em 2025, atingindo US$ 21,1 bilhões. Além disso, o mercado de bioinsumos e sementes, embora prejudicado pela redução das margens, deve continuar crescendo. O mercado de biológicos vai viver em 2024 e 2025 seu maior desafio com essa redução das margens dos produtores. Vamos ver a resiliência desse mercado para ver se eles vão continuar crescendo de forma bastante positiva. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.