31/Oct/2024
A empresa de agroquímicos Adama, controlada pela holding Syngenta Group, teve prejuízo líquido de US$ 133 milhões no terceiro trimestre deste ano. O resultado amplia o prejuízo líquido de US$ 112 milhões reportado em igual período do ano passado. O prejuízo líquido ajustado ficou em US$ 78 milhões, ante prejuízo líquido ajustado de US$ 115 milhões um ano antes. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) aumentou 125% na comparação anual, para US$ 80 milhões. Já a receita recuou 10%, para US$ 929 milhões.
O recuo nas vendas durante o terceiro trimestre foi influenciado por preços 7% menores, apesar do aumento de 1% no volume. A companhia atribuiu o resultado à queda nos preços de proteção de cultivos e ingredientes ativos, redução da prioridade por produtos com baixa rentabilidade, forte concorrência com produtos comoditizados e padrões de compras just-in-time (sob demanda). Os resultados do trimestre indicam uma recuperação consistente, com melhorias na qualidade dos negócios e na geração de caixa.
A decisão de reduzir o foco em genéricos comoditizados, juntamente com o foco contínuo em produtos diferenciados de maior valor, levou à melhora da margem bruta pelo terceiro trimestre consecutivo e do Ebitda e margem Ebitda pelo segundo trimestre consecutivo. A intensa concorrência no mercado, especialmente nesses genéricos comoditizados, confirma que essa foi a decisão certa para a Adama. No terceiro trimestre, as vendas na América Latina caíram 18%, com as condições climáticas desfavoráveis prejudicando as safras na região, além do nível de preços afetado pela forte concorrência e das vendas sustentadas pelo lançamento de novos produtos diferenciados.
No Brasil, a empresa reportou quedas nas vendas em virtude de um mercado de proteção de cultivos desafiador, preços mais fracos, condições climáticas desfavoráveis e redução de foco em herbicidas não-seletivos. Nas outras regiões, a Adama teve aumento de 19% nas vendas na América do Norte e queda de 14% na Europa, Oriente Médio e África, juntos. Na Ásia Pacífico, excluindo a China, a receita da companhia caiu 7%. Já na China, a redução foi de 16%. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.