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16/Oct/2024

Logística: estudo "Panorama da Infraestrutura”/CNI

Na avaliação de 36% dos industriais ouvidos no estudo "Panorama da Infraestrutura", da Confederação Nacional da Indústria (CNI), as condições de infraestrutura da Região Sudeste estão entre péssimas, ruins e regulares. O índice é menor do que a média nacional, de 45%. De acordo com o trabalho, 40% dos empresários do Sudeste apontam a infraestrutura rodoviária da região como regular, ruim ou péssima contra a média nacional de 54%. Os dados indicam que para a Região Sudeste superar as restrições logísticas é fundamental que sejam priorizadas obras de manutenção, adequação e expansão de corredores logísticos estratégicos, como a Ferrovia Centro Atlântica (FCA), a BR-381, a BR-116, a BR-101, a BR-262 e a Terceira Via de Ligação entre a Baixada Santista e a Capital Paulista. Os maiores problemas de infraestrutura estão associados ao transporte rodoviário e às condições de acesso marítimo aos principais portos.

A precariedade das rodovias públicas e o comprometimento da capacidade no Porto de Santos preocupam o setor industrial. Apesar disso, a situação das estradas é melhor na região que no consolidado do País. No Brasil, 54% dos empresários industriais apontam a infraestrutura rodoviária como regular, ruim ou péssima. Na Região Sudeste, uma fatia menor relata essa situação (40%). Em relação à infraestrutura ferroviária, os industriais da Região Sudeste estão em linha com o resto do País. Cerca de 53% consideram a infraestrutura ferroviária como regular, ruim ou péssima na Região Sudeste. No Brasil, essa participação equivale a 52%. A infraestrutura aeroportuária brasileira é regular, ruim ou péssima para 31% dos entrevistados e para 25% dos empresários da Região Sudeste. Na mesma comparação, a infraestrutura portuária é regular, ruim ou péssima para 34% dos industriais do Brasil. No recorte do Sudeste, o índice é de 35%. Em relação à infraestrutura de energia, tanto na Região Sudeste quanto no Brasil como um todo, 34% afirmam que é regular, ruim ou péssima.

A infraestrutura de saneamento é vista como regular, ruim ou péssima por 45% dos industriais da Região Sudeste, índice melhor que no País como um todo (50%). A de telecomunicações tem a mesma classificação para 35% a região, ante 38% no País. Para melhorar o cenário na área de energia, os industriais recomendam que o governo busque expandir as redes do Gasoduto em Minas Gerais e no Espírito Santo; destravar os projetos hídricos de Minas Gerais que estão em tramitação na Aneel ou em fase de licenciamento ambiental; melhore a capacidade da rede de distribuição de energia nos estados, reduzindo as quedas de tensão e desligamentos; fomente a produção de biometano por meio do aproveitamento do setor sucroenergético de São Paulo e dos resíduos sólidos urbanos; retome a construção da usina termonuclear Angra 3.

Sugerem ainda que o governo impulsione o desenvolvimento do mercado de hidrogênio de baixo carbono na região; incentive o projeto de captura e armazenamento de carbono no norte do estado do Rio de Janeiro; construa a Rota 4 do gás natural, abrindo caminho para o escoamento do gás natural produzido no pré-sal da Bacia de Santos; apoie o projeto de implementação da Rota 4b para escoamento do gás produzido e aumento da oferta na bacia de Campos; e contribua para agilidade nos processos de obtenção de licenças. Em relação à logística, propõem avanço na construção, adequação, aprovação e renovação da Ferrovia Centro Atlântica (FCA); da Estrada de Ferro Vitória-Rio; da Malha Oeste e Sul; Ramal Sul da Estrada de Ferro Vitória a Minas; entre outras. Para favorecer a mobilidade urbana, a prioridade é o trem intercidades de SP; a malha metroviária fluminense; e a ligação seca entre Santos e Guarujá. Em relação a portos e hidrovias, há necessidade de modernizar as administrações portuárias públicas e assegurar obras de adequação e expansão dos portos de Santos, Rio de Janeiro, Imetame, Itaguaí e Angra, entre outros. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.