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10/Oct/2024

Eólica Offshore: Prumo desiste de projeto em Açu

A Prumo Logística, que controla o Porto do Açu, no Rio de Janeiro, desistiu de desenvolver projeto próprio de eólica offshore, e já conversa com sete empresas que têm interesse em desenvolver a tecnologia no local, inclusive uma que já reservou área no porto. Em 2021, a Prumo deu entrada no Ibama do projeto de 2,1 gigawatts (GW), Ventos do Açu, que aguarda, com outros 96 projetos, a aprovação do marco regulatório e a autorização do órgão ambiental. O projeto será descontinuado já que não há necessidade de que a Pruma seja o indutor, pois outras empresas têm interesse em desenvolver. O interesse da Prumo é ser provedor logístico e poderia ter problemas de conflito de interesses.

A parte de preparação logística para receber os projetos eólicos offshore deve levar pelo menos dois anos, com a construção de cais específico entre outras mudanças necessárias. A empresa considera frustrante a demora para aprovação do marco regulatório, principalmente porque a nova tecnologia não representa apenas a injeção de mais energia para o País, mas ser um vetor de industrialização. Para a empresa, é uma falácia dizer que o custo da energia eólica offshore é um obstáculo para sua construção no Brasil. O Banco Mundial prevê que, em 2032, a geração eólica offshore no Brasil deverá estar custando US$ 65 o megawatt (MW). Hoje, a energia eólica e solar gira em torno dos US$ 35,00 a US$ 40,00 por MW; o biogás, US$ 65,00 por MW e a biomassa, US$ 55,00 por MW.

A demanda por energia no País cresce entre 5% e 6% por ano, o que mostra a necessidade de expansão do sistema elétrico. A energia produzida pelos parques eólicos será complementar ao sistema atual e se estabelecerá como mais uma fonte na já diversificada matriz elétrica brasileira. Mas, enquanto o Brasil não aprova o marco regulatório, os outros países estão realizando leilões regularmente, como Reino Unido, Dinamarca e Alemanha, e outros aceleraram a aprovação do marco regulatório, como Colômbia e Portugal. É preciso ter mais agilidade no Brasil. Nesse um ano e meio que o Brasil ficou parado, Portugal e Colômbia aceleraram o marco. Para ter um leilão no final de 2025, é urgente que se aprove o marco este ano. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.