02/Oct/2024
A Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) declarou situação de escassez hídrica até 30 de novembro no Rio Xingu, onde fica Belo Monte (a maior hidrelétrica totalmente brasileira), e no seu afluente, o Rio Iriri. A decisão foi tomada pela diretoria da agência em reunião realizada na segunda-feira (30/09). A medida permite à agência estabelecer regras excepcionais para o uso da água e a operação dos reservatórios que abastecem hidrelétricas. A norma também torna mais fácil o reajuste das tarifas de água. A estiagem vem preocupando o setor elétrico, tanto que, no dia 27 de setembro, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou a bandeira tarifária vermelha patamar 2 para o mês de outubro.
Será o maior patamar de cobrança adicional na conta de luz desde abril de 2022, mês em que se encerrou a bandeira “escassez hídrica” e deu lugar à bandeira verde. A ANA informou que os cenários hidrometeorológicos para este ano indicam a possibilidade de serem atingidos níveis ainda mais críticos em outubro e novembro. O órgão regulador destacou ainda que a decisão foi aprovada com o objetivo de aumentar a segurança hídrica da região e mitigar os impactos dos baixos níveis dos rios sobre os usos da água. Esta é a quarta vez que a agência emite declaração de escassez hídrica neste ano.
Em meio à falta de chuvas, já houve a adoção de medida semelhante para os rios Paraguai, Madeira, Purus e seus afluentes, Acre e Laco, e no trecho baixo do Rio Tapajós. As declarações de escassez hídrica foram utilizadas pela primeira vez em 2021, em meio à crise hídrica na Região Hidrográfica do Paraná. O sistema de bandeiras tarifárias indica aos consumidores os custos da geração de energia no País, e visa a atenuar os impactos nos orçamentos das distribuidoras de energia. Antes, o custo da energia em momentos de mais dificuldades para geração era repassado às tarifas apenas no reajuste anual. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.