02/Oct/2024
Algumas empresas interessadas na transição energética já têm assinado memorandos de entendimento e pré-contratos de implantação com alguns portos brasileiros para o desenvolvimento de projetos de hidrogênio verde, que juntos somam US$ 30 bilhões. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) fez um levantamento em que mostra o Porto de Pecém, no Ceará, com a maior concentração de projetos já assinados, e investimentos previstos de US$ 17 bilhões por empresas como Fortescue, Casa dos Ventos, Voltalia, AES Brasil e Cactus Energia. No Porto de Suape, em Pernambuco, Qair e Neoenergia têm projetos que totalizam mais de US$ 4 bilhões em investimentos, enquanto no Porto do Açú, no Rio de Janeiro, Fortescue e Shell Brasil se estruturam para a produção futura de hidrogênio verde.
São portos onde o espaço e a localização podem transformá-los em 'hubs' de produção de hidrogênio de baixo carbono. O hidrogênio verde é tão relevante para a transição energética mundial e o Brasil, nesse contexto, está tão bem-posicionado, que o banco de fomento está acompanhado de perto essa indústria para, oportunamente, entrar nos projetos quando chegarem à fase de financiamento. Ainda não houve decisão final de investimento em nenhum deles, mas isso pode ocorrer a partir do segundo semestre do ano que vem. Entre os mais adiantados nesse sentido, estão Fortescue e Casa dos Ventos. O custo de produção do hidrogênio verde é composto em 70% por energia renovável, e o Brasil é muito competitivo, com um custo muito menor do que a média dos países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Muitos investidores estrangeiros têm demonstrado enorme otimismo com o País nas interlocuções com o banco. No mundo, são poucos os países com plantas avançadas, com destaque apenas para Arábia Saudita e Suécia. O hidrogênio verde ainda demanda aprimoramento em sua tecnologia para que a produção seja comercialmente competitiva. Mas é extremamente importante para a descarbonização de indústrias que operam initerruptamente, como a siderúrgica, cimenteira e petroquímica, assim como para o transporte marítimo e terrestre. indústria de fertilizantes também está de olho nessa tecnologia. A Atlas Agro deve construir uma planta de produção de fertilizantes a partir de hidrogênio em Uberaba, em Minas Gerais. Os investimentos somam perto de US$ 1 bilhão e o projeto se destaca pela vantagem de substituir importações de fertilizantes pelo País. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.