26/Sep/2024

Segundo a Yara Fertilizantes, o programa Combustível do Futuro, da forma como foi lançado, foi um “tiro no pé”, que pode tornar o gás ainda mais caro e não vai destravar a oferta. O Combustível do Futuro propõe programas nacionais para o diesel verde, combustível sustentável para aviação e biomateno, além de aumentar a mistura de etanol à gasolina e de biodiesel ao diesel. Foi destacado o papel do biometano na produção de fertilizantes, frisando que o combustível pode ser mais favorável ao País do que a rota do hidrogênio. No mês que vem, a Yara começa a receber biometano da Raízen para produção de amônia de baixa pegada de carbono em Cubatão (SP). O País tem potencial para uso deste tipo de combustível.

O biometano produzido a partir de um hectare de cana-de-açúcar faz fertilizante suficiente para adubar dois hectares de cana-de-açúcar. Não há lugar do mundo com o potencial para explorar o biometano que o Brasil tem. Por sua vez, a rota do hidrogênio ainda tem muitos desafios no País, que não necessariamente deve seguir o caminho adotado em outros mercados. No Brasil, a principal aposta da Yara continua sendo o biometano, pois a rota do hidrogênio tem dificuldade muito grande, muitos desafios. O biometano é um caminho muito interessante.

A ArcelorMittal afirmou que é importante viabilizar políticas para que o gás natural seja competitivo. O uso do gás natural é um componente importante pela baixa pegada de carbono. O País também precisa de políticas públicas e regulação para estimular investimentos em energias de baixo carbono para gerar empregos localmente e não exportar hidrogênio como commodity. Além disso, foi frisado que o uso de sucata na siderurgia é parte do processo de descarbonização, e o Brasil precisa parar de exportar o produto e utilizá-lo na produção local. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.